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Mineradora paralisa atividades no Porto do Açu por 90 dias devido a vazamento e antecipa férias coletivas

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Funcionários da empresa Anglo American trabalham para realizar a limpeza na cidade mineira de Santo Antônio do Grama, onde mineroduto que liga região ao Porto do Açu, em São João da Barra, se rompeu pela segunda vez em menos de 30 dias

A mineradora Anglo American informou nesta terça-feira, 3 de abril, que antecipou as férias coletivas de seus funcionários ao paralisar as operações do sistema Minas-Rio devido ao registro de um segundo vazamento no mineroduto que liga o Estado de Minas Gerais ao Porto do Açu, em São João da Barra.

Segundo a empresa, a interrupção deve durar 90 dias, período durante o qual uma equipe técnica trabalhará para identificar novas partes da tubulação que correm risco de romper, como aconteceu no último dia 29 de marco.

A primeira previsão da empresa era de parar apenas por 30 dias, mas a reincidência do vazamento apenas 2 dias depois da retomada das atividades por causa de outra paralisação fez a empresa repensar sua posição.

A primeira paralisação da Anglo American aconteceu no dia 12 de março, quando houve o primeiro vazamento, que dispersou cerca de 300 toneladas de minério de ferro por 25 minutos em dos córregos da região mineira.

As atividades retornaram no último dia 27, mas o novo rompimento na tubulação no mineroduto Minas-Rio obrigou a empresa a fazer nova paralisação. Entretanto, dessa vez a empresa teria dito que não há registro de feridos, nem de contaminação de águas da região.

Em nota, a empresa confirmou férias coletivas a partir do dia 17 deste mês, inclusive na planta de filtragem, que fico no porto de São João da Barra. Já a Ferroport, joint-venture formada entre a Anglo e a Prumo Logística, responsável pela operação do terminal portuário de minério de ferro do Açu, informou que segue avaliando os impactos operacionais e financeiros dessa paralisação.

“Em função do detalhamento dos processos de inspeção que precisam ser realizados, recalculou o período em que suas operações deverão ficar paralisadas em aproximadamente 90 dias. A empresa vai dar férias coletivas para parte do pessoal que trabalha na mina, usina e planta de filtragem por 30 dias, a se iniciar em 17 de abril. Para o período subsequente, vai conversar com o sindicato e autoridades para definir as alternativas que sejam mais adequadas para seus empregados”, informou a Anglo American, em nota.

Até o início da tarde desta terça-feira, a empresa estimava em 60 milhões de reais o custo total das ações de reparação e recuperação operacionais, econômicas e socioambientais decorrentes dos incidentes com o mineroduto em Santo Antônio do Grama, em Minas Gerais.

“As causas do vazamento serão investigadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)”, complementa a Anglo, revelando ainda que a decisão de paralisação foi tomada devido à reincidência do acidente.

O rompimento da tubulação teria ocorrido por volta das 19h do dia 29 de março, durando cerca de 8 minutos, conforme revelou a própria companhia.

Por conta do novo incidente, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) suspendeu, na sexta-feira passada, 30 de março, a autorização para a Anglo American operar o mineroduto.

O sistema Minas-Rio produziu 16,8 milhões de toneladas de minério de ferro durante o ano passado e obteve em janeiro as últimas licenças para iniciar a fase 3 do projeto que levaria sua capacidade para 26,5 milhões de toneladas.


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