A afirmação da Petrobras contraria a informação noticiada no site Sindpetro-NF, de que a plataforma havia sido interditada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT)
Legenda: Segundo a estatal, a unidade apenas mantém a produção reduzida devido às ações de investigação do incidente
Bertha Muniz
A Petrobras afirmou ontem (6) desconhecer qualquer ofício de interdição referente à plataforma P-35, localizada no campo de Marlim, na Bacia de Campos. Segundo a estatal, após incidente ocorrido no dia 26 de junho, quando houve vazamento de pequena quantidade de água com óleo no convés da plataforma, foram realizadas inspeções pela Marinha do Brasil, Secretaria Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ibama e do Ministério Público do Trabalho (MPT) sem emissão de ofício de interdição.
A estatal afirmou que no momento, está conduzindo investigações internas sobre o incidente e prestando esclarecimentos solicitados pela Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) relativos às causas e abrangência do ocorrido.
A afirmação da Petrobras contraria a informação noticiada no site do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), também ontem, de que a plataforma de P-35 havia sido interditada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Segundo o sindicato, ao não comunicar a interdição e parada da unidade ao sindicato a Petrobrás descumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho.
"Nessas horas em que a ingerência é gritante e causa a interdição de mais uma plataforma, a empresa se cala sobre as tais "regras de ouro", como se a gerência da UO-BC não fosse responsável por mais essa mazela que, não só trará prejuízos financeiros a empresa, como também colocou em risco a vida de centenas de pessoas" - disse o diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto.
A Petrobras informou ainda que a P-35 encontra-se em condição segura e em produção. A unidade mantém a produção reduzida devido às ações de investigação do incidente.