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Greve dos petroleiros do Norte Fluminense chega ao fim após acordo com a Petrobras

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A greve da categoria petroleira do Norte Fluminense chegou ao fim nesta terça-feira (30). A categoria chegou a um acordo com a Petrobras, durante a realização de uma assembleia no Teatro Municipal Trianon, em Campos. Foram 16 dias de greve até que as partes chegassem a um denominador em comum.

Para dar fim à greve, trabalhadores e trabalhadoras aprovaram o indicativo do Sindipetro-NF, de encerramento do movimento e de aceitação da mais recente contraproposta da Petrobrás para o Acordo Coletivo de Trabalho. Na assembleia, a categoria também aprovou a manutenção do Estado de Assembleia Permanente e o Estado de Greve, para garantir que a Petrobrás cumpra as cartas-compromisso enviadas ao sindicato, no esforço de diálogo empreendido pela entidade para superar impasses que levaram ao movimento, além de desconto assistencial para o sindicato de 1% sobre o salário líquido, em três parcelas.

A assembleia contou com a participação de cerca de 500 petroleiros, sendo essa a maior da categoria petroleira neste ano. O indicativo de suspensão de greve e aprovação do acordo foi aprovado com 446 votos favoráveis, 43 contrários e 06 abstenções. O indicativo de desconto assistencial foi aprovado com 467 votos, 14 contrários e 14 abstenções.

A categoria considerou que a contraproposta da Petrobras trouxe avanços conquistados na luta petroleira, com 83 mudanças redacionais ou novos benefícios.

O assessor jurídico, Normando Rodrigues, fez um histórico das lutas jurídicas empreendidas pela categoria, especialmente as que envolveram Dissídios Coletivos, que era a opção iminente se o movimento de greve não fosse suspenso e o acordo aceito. De acordo com o advogado, as negociações e julgamentos mediados no TST (Tribunal Superior do Trabalho) costumam ser desfavoráveis aos trabalhadores, além de extinguirem a historicidade das cláusulas do Acordo.

“O tribunal reproduz a cláusula que considera histórica. Só que ele reproduz uma vez, quando há a sentença do dissídio coletivo, que é a sentença normativa. No ano seguinte, se houver outro dissídio, já não tem cláusula histórica, porque não é fruto de negociação, é fruto da sentença do próprio tribunal”, explicou o advogado.

A greve petroleira de 2025 entra para a história como uma das maiores da categoria. Iniciada à 0h do último dia 15, a paralisação durou 16 dias na base do Norte Fluminense, a última entre as representadas por entidades filiadas à FUP (Federação Única dos Petroleiros) a suspender o movimento.

A grande força do movimento foi destacada por diversas falas dos trabalhadores. Já no segundo dia da greve, 100% das plataformas operadas pela Petrobrás na Bacia de Campos haviam entrado na greve. Na base de Cabiúnas houve realização de atos. Nas bases de Imbetiba e do Parque de Tubos houve adesão em segmentos isolados do administrativo.

Durante todos os dias da greve, centenas de trabalhadores se concentraram nas sedes do sindicato em Campos dos Goytacazes e Macaé. No início da manhã, os grevistas se dividiam em grupos que seguiam para a realização do trabalho de convencimento nas bases, no Heliporto do Farol e no Aeroporto de Macaé.


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