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Festival de Gastronomia de Macaé chega à 14ª edição celebrando história, identidade e sabores

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Muito além da culinária, a 14ª edição do Festival de Gastronomia e Cultura de Macaé, que acontece entre os dias 3 e 7 de setembro de 2025, propõe uma verdadeira imersão na história e na identidade da cidade. Com o tema “História de Macaé – Cultura e Gastronomia”, o evento ganha um novo posicionamento: ser um espaço de memória, pertencimento e valorização cultural.

Neste ano, o festival convida o público a viver uma experiência sensorial e afetiva, onde a gastronomia se torna a principal narradora das histórias que moldaram os hábitos, afetos e sabores de Macaé ao longo das décadas.

Dividido em três atos, o evento traça uma linha do tempo da culinária macaense, começando pelo Centro da cidade nos anos 1950 a 1970, passando pela migração gastronômica para a Praia da Imbetiba nas décadas de 1980 e 1990, até chegar à efervescência atual da orla da Praia dos Cavaleiros, onde o festival é realizado.

Um dos destaques desta edição será logo na entrada: uma réplica do antigo Hotel Belas Artes, ponto histórico da cidade, contará com um totem interativo e narração histórica feita por inteligência artificial, baseada em relatos de historiadores locais. Um convite à emoção, à memória e ao reconhecimento da cidade em seus próprios sabores.

Durante cinco dias, Macaé se transforma em um museu a céu aberto, onde passado e presente se encontram à mesa — e onde cada prato carrega consigo uma parte da identidade macaense.

Durante a programação, a cidade e sua cozinha também vão ganhar destaque na exposição fotográfica de Lívio Campo, com registros das três últimas edições do festival. Imagens que contam, sem palavras, a construção de uma identidade coletiva através da comida. O espaço Belas Artes também espaços instagramáveis para que o público possa eternizar o momento em cliques dignos de memória (e de redes sociais).

A edição deste ano do Festival também irá contar com o Espaço do Produtor. O espaço irá reunir pequenos produtores e empreendedores da região, valorizando a cultura e a produção local. E para as crianças, um território encantado e criativo: a área infantil terá atividades lúdicas, teatro, apresentações culturais e palhaços — trocando brinquedos industrializados por vivências poéticas e teatrais.

A música também respeita o tom do festival: mais intimista, mais saborosa. Choro, jazz e artistas locais compõem a trilha sonora que embala os passos e os pratos, com duas torres de sonorização e um palco para apresentações pontuais — tudo para manter a gastronomia como protagonista e a atmosfera acolhedora.

O festival receberá chefs renomados para aulas-show que dialogam com as raízes e a reinvenção da culinária local. Estão confirmados: Kátia Barbosa (Sofia e Aconchego Carioca) e sua filha Bianca Barbosa (Bar Kalango), Caio Soter (Pacato e Bar Pirex - BH), Adriana Veloso (Pescados na Brasa), Henrique Gilberto (Cozinha Tupis - BH), Mariana Resende (Bar da Frente), Toninho Laffargue (Bar do Momo), Rafael Cavalieri (T.T. Burger e Marola), Honório Oliveira (Churrascaria Palace), Pedro Coronha (Koral), Taynah de Paula (Elena e Eleninha) e nomes locais que são parte viva dessa história, como Patrícia Petersen, Fernanda Pinheiro, Thiago Wigg, Joabe Dutra e Patrick Paes.

E porque ninguém constrói um presente saboroso sem honrar o passado, o Festival de Gastronomia e Cultura de Macaé presta um tributo emocionado aos pioneiros que pavimentaram esse caminho com louça branca, avental amarrado e muito coração. Na abertura do festival, a chef Fernanda Pinheiro inaugura a cozinha-show dando sabor à memória: recria uma receita emblemática e, entre gestos e palavras, revisita os restaurantes que fizeram história em Macaé — cenários de encontros, confidências, rituais familiares e pequenos grandes prazeres do cotidiano.

 

Quarteirões da memória gastronômica

O circuito do festival será um convite para caminhar pela história e provar sabores que marcaram época. Em cada quarteirão, um recorte temporal da gastronomia macaense — dos anos 60 e 70, passando pelos 80 e 90, até chegar aos dias atuais. Para tornar essa viagem ainda mais viva, os estandes serão ocupados por restaurantes em atividade hoje, que se unem para homenagear os ícones da culinária local que marcaram gerações. Não se trata de uma reprodução literal das receitas antigas, mas de uma celebração afetiva: cada casa participante apresentará seus próprios pratos, conectando o passado e o presente em uma experiência coletiva de memória e sabor.

Entre os nomes confirmados estão Durval, Ilhote Sul, Picanha do Zé, Estação da Praia, O Lagostão, Trattoria do Nutte, Vicoli Pizzeria e Bom a Pampa. Na ala das sobremesas, brilham Calebito, Mirabolando e Nuvem de Mel, enquanto a Macaé Burguer representa a nova geração das hamburguerias locais.

E como todo museu a céu aberto merece também ser saboreado, os visitantes encontrarão preços acessíveis para que todos possam viver essa experiência: entradas entre R$ 25 e R$ 35, pratos principais em versão P de R$ 40 a R$ 60 e sobremesas a R$ 30, criados pelos restaurantes participantes, como Uma forma democrática de provar — e reviver — a história da gastronomia macaense.

No primeiro quarteirão do evento, a viagem no tempo leva aos anos 1960 e 70, com a memória viva da Cantina do Aroldo, do Zé Mengão, do Belas Artes e do La Tavola — endereços que deram forma e sabor à primeira identidade gastronômica da cidade.

No segundo quarteirão, o mar da Praia da Imbetiba e a agitação dos anos 1980 e 90 inspiram a homenagem ao Mocambo, ao Bar Redondo e ao Demerval Trailer, ícones de uma época em que a orla se tornou palco para novos temperos, encontros e histórias.

No terceiro e último quarteirão, o tributo segue para restaurantes dos anos 1990 até a atualidade, como o Albatroz, o Restaurante Mariscos, o Vaniltos’ Bar e o Tom & Jerry, que continuaram a escrever capítulos frescos dessa crônica gastronômica macaense.

O Festival de Gastronomia e Cultura de Macaé não é apenas uma celebração de sabores. É uma ode à memória, um tributo ao pertencimento, uma festa que começa no prato, mas termina no coração de quem vive — e ama — essa cidade e seu legado.


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