“Setembro Verde” vai marcar a caminhada, que será dia 24, às 9h30, na Praia Campista.
Daniela Bairros
Setembro também é o mês dedicado ao debate sobre a importância da doação e transplante de órgãos. O “Setembro Verde” será lembrado em Macaé no próximo domingo (24), com uma caminhada, às 9h30, na Praia Campista. A ação, que tem o apoio da prefeitura, também será alusiva ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorada no dia 27 de setembro.
A concentração será em frente ao Clube Cidade do Sol, às 9h, e o grupo seguirá até o Posto Dois, no espaço de convivência. Os participantes que desejarem poderão usar roupa verde no evento.
A Lei 10.211, de 23 de março de 2001, artigo quarto, determina que a “retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo grau, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte”.
Segundo a organizadora do evento, Fernanda Alencar, que é enfermeira, viveu em sua família a espera por um órgão. Para ela, a doação é um ato de solidariedade e de amor ao próximo e as pessoas que desejam doar seus órgãos devem comunicar a decisão à família e aos amigos. “A atual legislação prevê que as manifestações de vontade relativas à retirada “post mortem” de tecidos, órgãos e partes, constantes da Carteira de Identidade Civil e da CNH (Carteira Nacional de Habilitação), perdem sua validade a partir de 22 de dezembro de 2000”, explicou.
Fernanda ressaltou ainda que é importante conversar e debater sobre o assunto, pois quando a pessoa manifesta em vida o desejo de ser doador, os familiares sempre respeitam a decisão para uma possível doação de órgãos. Ainda segundo ela, a meta da caminhada é fazer com que o tema faça parte do dia a dia das pessoas.
Em Macaé, a referência no atendimento de emergência na região, o HPM (Hospital Público Municipal) conta, desde 2006, com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), que atua na captação de possíveis doadores de órgãos.
Após apresentar suspeita de parâmetro de morte encefálica, a família é abordada pela equipe da CIHDOTT que explica todo protocolo. O diagnóstico de morte encefálica é realizado com uma série de exames, baseados em normas médicas e incluem testes clínicos para determinar que não há mais reflexos cerebrais. Os testes são feitos repetidamente em intervalos pré-determinados, para garantir um resultado exato.
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