A Câmara Municipal de Macaé aprovou, em sessão ordinária realizada nessa terça-feira, 28, um convite ao secretário de Educação, Robério Fernandes, para prestar esclarecimentos sobre a falta de auxiliares de serviços escolares (ASEs) na rede pública municipal.
O convite de autoria do vereador Professor Michel (CIDADANIA) foi aprovado após discussão iniciada pelo Guto Garcia (PDT), que pediu a contratação de mais ASEs depois de mais de 300 alunos seguirem fora da sala de aula pela falta dos profissionais.
Segundo o parlamentar, que recebeu apoio de outros colegas de plenária, como o próprio presidente da Casa, vereador Cesinha (CIDADANIA), são 322 estudantes no total, sendo 17 alunos PCDs (pessoas com deficiência).
“A Educação vai priorizar os 17 alunos especiais que fazem rodízio, para que possam ir à escola todos os dias. Mesmo assim, estamos longe de resolver o problema, já que, só para atender essa demanda, são necessários 25 novos profissionais”, explicou Guto Garcia, sobre o anúncio da prefeitura de contratar 20 ASEs, no último fim de semana.
De acordo com o vereador, que foi secretário de Educação, não são apenas os alunos PCDs que necessitam de auxiliares, já que a Educação Infantil também precisa desse apoio, sobretudo as turmas com crianças de 2 e 3 anos de idade.
“Cerca de 150 ASEs foram retirados da Educação Infantil para atender alunos especiais, deixando os professores sozinhos, sem qualquer auxílio, com turmas de 20 a 25 crianças nessa faixa etária”, relatou Guto Garcia.
Para o presidente da Câmara, a média de 1 ASE para cada 5 alunos PCD é inaceitável, já que a educação das crianças está sendo prejudicada, assim como o desenvolvimento delas, que não é algo que se possa recuperar.
“As crianças não estão aprendendo nada por falta de mediação adequada. E o que elas perdem em termos de desenvolvimento hoje, não recuperam nunca mais”, enfatizou Cesinha.
Segundo Guto Garcia, além dos 20 ASEs que devem ser contratados pela prefeitura, conforme o anúncio do último fim de semana, o município precisa de mais de 200 profissionais para atender as crianças matriculadas na rede.
“Precisamos de 1.150 ASEs para atender 2.300 alunos especiais, além de devolvermos os 150 auxiliares que foram retirados da Educação Infantil”, afirmou o vereador.
