O encontro acontece nesta quinta-feira, 04, às 19h
Thaiany Pieroni
Nesta quinta-feira, 04, será realizada em Tamoios, distrito de Cabo Frio, uma audiência pública com o intuito de definir novas áreas de extração de areia no distrito. O encontro está marcado para às 19h, na Escola Municipal Professora Amélia Ferreira, em Unamar.
Estarão presentes o coordenador de Meio Ambiente, Eduardo Pimenta, representantes da Secretaria de Planejamento, além de membros da sociedade civil organizada, ONG’s, e representantes da empresa mineradora que atua em Tamoios.
De acordo com a prefeitura, a empresa mineradora que explora o serviço no local apresentará o EIA, Estudo de Impacto Ambiental, e seu respectivo RIMA, Relatório de Impacto Ambiental, bem como a disposição das novas áreas pretendidas para a realização da mineração, prática muito comum e que será expandida em Tamoios. Em contrapartida a Coordenadoria de Meio Ambiente apresentará medidas compensatórias que a empresa deverá cumprir, de acordo com as determinações do Ministério do Meio Ambiente para compensar o impacto ambiental de determinada atividade.
“Vamos estudar as áreas em que a empresa deseja expandir a extração e debater as medidas compensatórias que serão executadas. É uma forma de ressarcir o meio ambiente pelo impacto ambiental causado pela extração de areia”, conta o coordenador de Meio Ambiente, Eduardo Pimenta. Vale destacar que a extração de areia é uma prática legalizada e que será expandida dentro das especificações da Coordenadoria de Meio Ambiente.
Assunto é polêmico no distrito – A extração de areia realizada no distrito de Tamoios não é uma atividade recente. Há anos a ação acontece e divide a opinião dos moradores devido aos impactos que gera.
Os moradores do Centro Hípico, por exemplo, são um dos primeiros a prestar queixas. Segundo eles, a passagem constante de carreatas pesadas com areia danifica as ruas, causando grandes transtornos. “É um obvio, todo dia passando caminhões extremamente pesados, nessas ruas que vamos ser sinceros, foram feitas de qualquer jeito, não tem como resistir. Isso sem falar na parte que nem é asfalto, quando chove é algo horrível”, contou um morador, que diz que apesar dos problemas os moradores tem receio de se manifestar.
Mas também tem aqueles que veem com bons olhos, principalmente em tempos de crise, a extração, de certa forma gera emprego. “Como dizem é uma face de dois gumes, tem a parte ruim e também a parte boa. Esperamos, que tendo uma audiência, a população compareça, opine para que as coisas fiquem melhor para ambas as partes”, avaliou Fernanda, que também mora no distrito.
A expectativa é que com a audiência seja possível chegar a um meio termo para atender a ambas as partes.