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Depen autoriza transferência de Glaidson Acácio para presídio federal

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O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, abriu vaga para receber Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos bitcoins” na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná. A decisão atende o pedido de transferência feito pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A comunicação foi feita nesta quinta-feira (22).

A transferência de Glaidson será analisada agora pelo corregedor da penitenciária, o juiz Paulo Sérgio Ribeiro. Até que a decisão seja tomada, Glaidson permanecerá no presídio de Bangu 1.

Investigação do Ministério Público estadual mostra que Glaidson mantinha a chefe de sua quadrilha mesmo preso no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com o MP, Glaidson é apontado como chefe de um grupo criminoso que perseguia e assassinava quem ameaçava seus negócios.

A participação do Faraó na quadrilha é informada pela Justiça. “O acusado GLAIDSON, indiscutivelmente, é líder de organização criminosa que, a despeito da prisão de boa parte dos membros, ainda opera violentamente corrompendo agentes do estado”.

O “Faraó dos bitcoins” foi preso em agosto de 2021, acusado de comandar um esquema financeiro que movimentou cerca de R$ 38 bilhões e lesou investidores em criptomoedas, as moedas virtuais.

Segundo o Ministério Público, Glaidson montou um aparato para tirar a vida de quem ousava ser seu concorrente na Região dos Lagos no mercado de criptomoedas.

Em sua decisão, o juiz Marcelo Rubioli apontou problemas na segurança do sistema penitenciário do Rio, onde Glaidson está preso:

“Indiscutível que causa sobremaneira vulnerabilidade não só ao sistema carcerário como à ordem pública a presença do acusado, mormente porque boa parte dos seus sicários se encontram foragidos, entretanto, visitando-o. Além disso é comprovada a tentativa de fornecimento de aparelhos celulares ao mesmo com certeza para que continue a gerenciar a operação não só de fraude ao sistema financeiro nacional como de homicídios e opressões”.

De acordo com a investigação, para eliminar os concorrentes, Glaidson se transformou em uma espécie de “tubarão do extermínio”, e montou uma organização bem estruturada, com armas, empresas de fachada, espiões e matadores profissionais. Tudo coordenado por uma espécie de setor de inteligência.

O grupo criou seis empresas de fachada. Elas eram usadas para transferir dinheiro para outras empresas, que pagavam as contas da organização. Despesas como a compra de armas, pagamento de seguranças e pistoleiros e contratação de detetives para monitorar as vítimas.

Uma outra alegação para a transferência de Glaidson é que ele vinha recebendo visitas de pessoas não cadastradas no sistema da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Um dos visitantes é suspeito de organizar homicídios para a organização criminosa.

Agora, Glaidson está em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em isolamento, no presídio de Bangu 1, enquanto aguarda a decisão do juiz corregedor de Catanduvas e a, consequente, transferência para a unidade federal.


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