Além de arrematar 8 blocos (2 sozinha e 6 com a Petrobras) da Bacia de Campos, petroleira norte-americana disputou diversos outros blocos
Tunan Teixeira
Se a Bacia de Campos saiu da 14ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios de óleo e gás como a área mais valorizada no setor nacional, a petroleira norte-americana Esso (ExxonMobil) foi a grande surpresa entre as gigantes mundiais que estiveram no Rio de Janeiro na última quarta-feira, 27.
Sozinha ou em consórcios, a empresa disputou diversas áreas da Bacia de Campos e em outras bacias durante o leilão realizado na capital fluminense pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natura e Boicumbustíveis (ANP), arrematando 8 blocos no leilão da ANP, 2 sozinha e 6 com a Petrobras, todas na Bacia de Campos.
Dessas 8 áreas da Bacia de Campos, a Esso arrematou sozinha 2 blocos com bônus de assinatura totalizando de 63,4 milhões de reais, superando em um deles o consórcio Petrobras/Karoon, e outros 6 blocos em consórcio Petrobras , no valor de 3,55 bilhões de reais, superando o consórcio Shell/Repsol e a CNOOC, da China, que estreava no mercado brasileiro.
Se desde o ano passado, a região, e principalmente Macaé, só se falava na vinda da Shell, agora o nome da vez é a Esso, que também ficou com uma área na Bacia Sergipe-Alagoas, em que venceu em consórcio com a Queiroz Galvão e a Murphy Oil.
Vale lembrar que em 2012, a marca Esso foi vendida à Cosan, gigante do açúcar no Brasil, por 862 milhões de reais. Apesar de a empresa ser conhecida nos Estados Unidos (EUA) como ExxonMobil, no resto do mundo, o nome mais famoso da empresa ainda é Esso, palavra derivada do nome original da empresa Standart Oil Company (SO, que, em inglês, se pronuncia “esso”). O nome Exxon surgiu depois que a Standart Oil esteve envolvida em processos jurídicos no EUA.
Se depender da frase no site da empresa, “ExxonMobil, presente para mais 100 anos no Brasil”, o retorno da empresa norte-americana, que chegou ao Brasil em 2012, pode significar uma presença realmente duradoura, e que deve trazer frutos não apenas para a região, mas especialmente para a Capital Nacional do Petróleo, que abriga mais de 70 empresas nacionais e internacionais da cadeira do petróleo.
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