Em reunião realizada nessa segunda-feira, 9, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), deputado estadual André Ceciliano (PT), e o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), discutiram com outras autoridades fluminenses medidas para conter possíveis manifestações antidemocráticas como os que aconteceram em Brasília nesse domingo, 8.
Além dos chefes do Legislativo e do Executivo fluminense, estiveram presentes também representantes do Judiciário estadual e do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) e da Defensoria Pública do Estado do Rio.
No encontro, ficou decidido, entre outras coisas, que um grupo de trabalho, com representantes dos 3 poderes, ficará incumbido de monitorar, em tempo real, diversas vias e prédios públicos e privados da capital fluminense.
“A Alerj repudia os atos terroristas que aconteceram domingo (8) em Brasília, e reforça a sua posição na defesa incondicional do Estado Democrático de Direito. A manifestação pacífica faz parte da democracia, mas não podemos tolerar ataques às instituições do país e ao patrimônio público”, disse André Ceciliano.
Se dizendo preocupado com os desdobramentos dos atos terroristas no Estado do Rio, Cláudio Castro apresentou o trabalho de inteligência que o governo estadual realizou nas últimas semanas para evitar qualquer ato antidemocrático.
“Esse mapeamento deu certo, pois não registramos nenhuma manifestação violenta nesse sentido. O Rio defende a democracia e o Estado Democrático de Direito. Todos os poderes estão unidos para manter a ordem e a segurança da população no território fluminense”, garantiu o governador, que pertence ao mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Além do presidente da Alerj, do governador e dos representantes do Judiciário, participaram do encontro também o vice-governador Thiago Pampolha (UNIÃO); os secretários estaduais da Casa Civil, Nicola Miccione; da Chefia de Gabinete, Rodrigo Abel; de Governo, Rodrigo Bacellar (PL); de Polícia Militar, Luiz Henrique Marinho Pires; de Polícia Civil, Fernando Albuquerque; e do Gabinete de Segurança Institucional, Edu Guimarães; além do subcomandante-geral e chefe do Estado Maior Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Camilo Farias; do presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ), desembargador Henrique Figueira; do procurador-geral de Justiça do Estado, Luciano Mattos; da defensora pública-geral do Estado, Patrícia Cardoso; do presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargador Guilherme Calmon, entre outras autoridades.
“A luta pela democracia é pacífica e a manifestação da vontade popular, vertida no resultado de eleições diretas, livres e secretas, é o sinal máximo da autoridade do povo brasileiro em nosso sistema representativo. O Estado do Rio de Janeiro, símbolo do respeito à pluralidade e união dos defensores do regime democrático, reforça o seu compromisso com a Constituição da República de 1988 e rechaça qualquer tentativa de agressão às suas instituições. Os signatários reiteram seu empenho no combate a qualquer iniciativa que possa ameaçar o Estado Democrático de Direito e afirmam que a democracia encontrará um bastião seguro para sua defesa no Estado do Rio de Janeiro”, afirmou trecho da nota assinada por Cláudio Castro, Henrique Figueira, André Ceciliano, Guilherme Calmon, Luciano Mattos, e Patrícia Cardoso.
Os atos terroristas do último domingo em Brasília também foram repudiados por outras instituições importantes do Estado do Rio, como o Serviços Brasileiros de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RJ) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), nessa segunda-feira.
“São condenáveis os atos que extrapolam os limites da democracia, promovem depredação do patrimônio público e o desrespeito às instituições e aos símbolos do Estado, como os que ocorreram em Brasília, neste domingo, 8. A Firjan reafirma seu compromisso com a democracia e com a construção de um ambiente econômico, social e político que caminhe na direção do desenvolvimento do país”, publicou a Federação, em seu site.
“O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que há 50 anos, serve aos empreendedores brasileiros em prol do desenvolvimento do país, repudia os atos de afronta e violência ocorridos no último domingo (8) e reafirma a necessidade de respeito às instituições como base para a construção de um país próspero, democrático e justo”, diz a nota do Sebrae.
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