O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (23) a prévia da inflação de preços no Brasil. Segundo os dados do instituto, ela subiu 0,52% em dezembro. Com a variação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) termina 2022 acima do teto da meta pelo segundo ano consecutivo.
A meta de inflação estabelecida pela CVM (Comissão de Valores Monetários) para 2022 é de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%). Já para 2023, o foco figura em 3,25%, com margem também de 1,5 (de 1,75% a 4,75%). Com esse resultado, a inflação recuou em relação à de 2021, quando fechou o ano em 10,06%, a maior alta desde 2015.
O resultado de dezembro representa ainda uma desaceleração de 0,01 ponto percentual em relação ao resultado de novembro (0,53%). Dos nove grupos de serviços e produtos pesquisados, sete tiveram alta em dezembro.
Os maiores impactos vieram dos Transportes (+0,85% em dezembro) e do grupo Alimentação e Bebidas, que encerrou dezembro com alta de 0,69%. A maior variação foi do grupo Vestuário, que subiu 1,16% em dezembro e acumulou alta de 18,39% no ano.
A segunda maior alta do ano foi do grupo Alimentação e bebidas, que subiu 11,96% em doze meses. Em terceiro lugar ficou o grupo Saúde e Cuidados pessoais, com alta de 11,24% no ano.
As maiores quedas em doze meses foram registradas pelo setor de Comunicação (-1,17%) e Transportes (-1,01% em doze meses). O preço dos combustíveis (1,79%) seguiu em alta, embora com resultado menor que o de novembro (2,04%). A gasolina (1,52%) contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,07 p.p., enquanto o etanol (5,44%) teve a maior variação entre os combustíveis pesquisados. O preço do óleo diesel (-1,05%) e do gás veicular (-1,33%) teve queda em dezembro.
Foto: reprodução
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