A Prefeitura de Macaé instituiu oficialmente, nessa semana, o marco regulatório para investimentos públicos e privados a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com a criação do Inova Mais Macaé.
Além do município, a iniciativa envolve a Petrobras, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o governo federal, e instituições que viabilizam a criação de startups envolvidas em soluções tecnológicas para diversos segmentos econômicos, sociais e sustentáveis no Brasil e no mundo.
O anúncio foi feito durante encontro entre o prefeito de Macaé, Welberth Rezende (CIDADANIA), e demais representantes das instituições convidadas para tornar a cidade um polo de desenvolvimento de soluções voltadas a atender a demanda do mercado de óleo, gás e energia.
“O atual ciclo de desenvolvimento da cidade, baseado no mercado do petróleo, gás e energia, também exige de nós investimentos em pesquisas e soluções que atendam a demanda por inovação da própria indústria. Macaé tem essa característica por concentrar um polo universitário, composto por laboratórios e pesquisadores que entendem e participam da ‘expertise’ do segmento offshore nacional, que também é referência no mundo”, comentou Welberth Rezende.
Segundo a prefeitura, o Inova Mais Macaé surge a partir de um projeto apresentado pelo diretor do Inova UFRJ/Macaé, Allan Cormack, que também é coordenador do Centro de Referência em Inovação para Operações Sustentáveis (Crios), da UFRJ.
“Todos os atores são fundamentais no processo de desenvolvimento da inovação em nossa região. Macaé tem o potencial de orquestrar esse ‘ecossistema’ composto também pela academia e a indústria”, avaliou Allan Comarck.
Além da prefeitura e da UFRJ, o Inova Mais Macaé terá a participação da Petrobras, por meio da integração de projetos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Cenpes), representado pelo seu consultor, Ricardo Ramos, e por Luciano Felipe de Carvalho, Carlos Alexandre Ferreira e José Biruel Júnior, além de Eduardo Santos, do setor de relacionamento com o poder público (Relacpem) da Petrobras.
“Esse é um projeto muito interessante, e enxergamos oportunidades junto ao que já acontece no Cenpes, através do nosso programa de inovação, que é um caminho natural, porém novo para a empresa”, elogiou Ricardo Ramos.
Segundo o procurador da Advocacia Geral da União (AGU), Bruno Portela, que participou da reunião de maneira virtual, a criação desse “ecossistema de inovação” em Macaé também atende às regras dos marcos para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia do Brasil.
“Macaé demonstra de forma clara a intenção de ampliar a sua participação no desenvolvimento econômico nacional, ao tornar a inovação uma agenda de políticas públicas debatidas com a indústria e a academia. O passo agora é acessar os programas de incentivo à pesquisa em diversas áreas, já criados pelo governo federal, através de marcos regulatórios, ampliando também a infraestrutura necessária para estimular o trabalho desses pesquisadores e acadêmicos”, pontuou Bruno Portela.
Também participaram do encontro o gerente regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio (Sebrae-RJ), Guilherme Reche; o chefe de gabinete da presidência da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovação, Fernando Peregrino; o gerente da MIT REAP, Hudson Mendonça; do presidente da Associação Brasileira de Startups, Luiz Othero.
Representando o município, participaram o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Rodrigo Vianna; o procurador geral do município, Fabiano Paschoal; os secretários adjuntos de Ensino Superior, Flaviá Picon; de Políticas Energéticas, Tiago Rocha; de Planejamento, Wagner Motta; além do coordenador do Escritório de Gestão, Indicadores e Metas (EGIM), Romulo Campos.
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