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Petrobras tem previsão de investimentos de 21 bilhões de dólares na Bacia de Campos pelos próximos 4 anos

BRA06 - CAMPOS (BRASIL), 07/12/04.- Foto de archivo (18/11/03). La estatal brasileña Petrobras revisará al alza sus estimaciones de precios mínimos del petróleo en sus nuevos proyectos de inversión, atendiendo la tendencia mundial de la industria, afirmó hoy, martes 7 de diciembre, el presidente de la empresa José Eduardo Dutra. Estos precios de referencia son usados por las petroleras para calcular la viabilidad de sus nuevas inversiones. En el caso de Petrobras la revisión va a ser incluida en su plan estratégico de 2005 para dar luz verde a nuevos proyectos que están en el límite, explicó el ejecutivo EFE/ARCHIVO/Marcelo Sayão

Preocupada com o declínio natural do pós-sal da Bacia de Campos em contraste com os seguidos recordes na produção do pré-sal, a Petrobras anunciou, nesta semana, através do seu diretor de exploração e produção, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, que pode investir 21 bilhões de dólares pelo próximos 4 anos.

Os investimentos da estatal brasileira teriam o objetivo de tentar recompor as perdas na região, assim como “manter a sustentação da curva de produção” da Bacia de Campos, onde a Petrobras produz cerca de 980 mil barris diários de óleo equivalente (boed) de óleo e gás natural.

Atualmente, metade da produção vem do pré-sal e a outra metade do pós-sal, mas os volumes do pré-sal vêm subindo ano a ano, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Ainda segundo a ANP, a produção da Petrobras no pós-sal da Bacia de Campos despencou praticamente pela metade nesta década, caindo de um patamar de 1 milhão de boed em 2011 para aproximadamente 530 mil boed neste ano.

“Estamos nesse momento investindo bastante num programa de melhoria da eficiência operacional. Por isso temos visto algumas operações [de plataformas] que acabam tendo que interromper para fazer esse upgrade (melhorias de eficiência). Temos uma programação que consiste numa série de iniciativas que temos desenvolvido em 2019 e que vão se acentuar ao longo dos anos”, teria afirmado o executivo da Petrobras ao jornal Valor, durante teleconferência com investidores.

O projeto de aceleração de investimentos da Petrobras na Bacia de Campos inclui desde a entrada de duas novas plataformas, para revitalização do campo de Marlim, até a perfuração de 87 novos poços na bacia fluminense.

Ao mesmo tempo, a petroleira brasileira mantém ativo o seu programa de desinvestimentos, para venda de ativos de menor rentabilidade na área, como já aconteceu com as vendas dos polos de Pargo, Pampo e Enchova, além do campo de Marombas, que renderam à estatal contratos de 1,34 bilhão de dólares.

Segundo o diretor de exploração de produção da Petrobras, as intervenções para recuperação da produção da Bacia de Campos devem aumentar o custo de extração da companhia para os seus ativos em águas profundas, no pós-sal, que estão atualmente em 13 dólares o barril.

“Vamos num primeiro momento assistir a uma menor performance, mas com expectativa de melhorar o desempenho. Esperamos recompor a produção”, afirmou Carlos Alberto Pereira de Oliveira.

Além da preocupação com a recuperação da produção atual, a Petrobras pretende intensificar, nos próximos anos, os investimentos na exploração da Bacia de Campos, em busca de novas descobertas.

De acordo com a reportagem do Valor, a empresa fará campanhas nos blocos arrematados nos leilões dos últimos 2 anos, mas também buscará perfurar o pré-sal de campos maduros, que tradicionalmente produzem na camada pós-sal, preparando assim um teste de longa duração na área de Forno, descoberta na concessão de Albacora.

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