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Partidos de esquerda tentam fechar acordo para disputar presidência da Câmara Federal contra Rodrigo Maia

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), vê com bons olhos candidatura do deputado federal eleito, Marcelo Freixo (PSOL-RJ) à presidência da Câmara, e tenta reunir partidos de centro-esquerda em chapa para a disputa da Casa

Depois de algumas desavenças divulgadas pela imprensa nacional, finalmente os presidentes de PT, PSB e PSOL conversam em Brasília para discutir a formação de um bloco de centro-esquerda para se opor ao atual presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), candidato à reeleição na Casa e aliado ao presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL).

“Não estamos negando conversa com ninguém. Os líderes têm se falado, mas, antes, queremos fechar um bloco forte com os partidos de centro-esquerda”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao blog da jornalista Andréia Sadi, no G1.

Nesta segunda, 21, Gleisi se reuniu com os deputados federais Ivan Valente (PSOL-SP), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS), e José Guimarães (PT-CE), e com o decorrer da semana, cresce o flerte do PSB com o MDB e PP.

Segundo a jornalista, que atualmente trabalha para a GloboNews, o problema para o acordo entre os partidos é que o PSOL tem resistências à aliança com MDB e o PP, que também faz oposição a Rodrigo Maia.

Procurado pelo blog do G1, Freixo confirmou a informação, mas o PT e o PSB, no continuam trabalhando por um acordo mais amplo, incluindo MDB e PP, partidos que transitam, há anos, entre desafetos e aliados dos partidos mais à esquerda.

“Nós não temos resistência, é mais o PSOL mesmo. Mas nossa prioridade, primeiro, é montar um bloco forte de 5 partidos para nos posicionarmos na Câmara. O importante é que já tomamos a decisão de ser contra a candidatura de Maia”, afirmou Gleisi à Andréia Sadi.

Além de PSB e PSOL, o PT quer convencer PDT e PCdoB a fazer parte do bloco de oposição a Maia, e Gleisi disse que, nesta segunda, procurou o presidente do PDT, Carlos Lupi, para conversar, embora os 2 partidos estejam inclinados a apoiar Maia.

Do lado do PP e do MDB, o nome colocado é o do deputado federal Artur Lira (PP-AL), mas Maia trabalha junto à cúpula do partido para que Lira retire a candidatura e o apoie numa eventual disputa contra Freixo pela presidência do Legislativo federal.

A jornalista da GloboNews conclui explicando que o entrave para um desfecho no diálogo entre Lira e Maia seriam cargos, já que Lira teria dito que Maia recuou em acordo relação a espaços na Câmara, e que, por isso, continua como candidato.

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