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Ministro do Turismo tem reunião com comitê da UNESCO para discutir candidaturas brasileiras à Rede de Cidades Criativas

Na última semana, a o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, se reuniu na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Paris, para discutir temas ligados à Rede de Cidades Criativas da entidade.

Entre os encontros, esteve um com o diretor-adjunto de Cultura da UNESCO, o chileno Ernesto Ottone, tema que vem chamando atenção na cidade de Rio das Ostras, que lançou campanha para Cidade Criativa na área da música.

Em comunicado à imprensa na última quarta-feira, 19, às vésperas do início do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, que movimentou o município entre os dias 20 e 23, o Ministério do Turismo lembrou que o governo brasileiro vai indicar 4 cidades, entre 16 inscritas, que irão ser submetidas a um comitê técnico da UNESCO, formado por representantes das áreas de cultura e de economia criativa.

“Estar neste seleto grupo é um estímulo ao desenvolvimento do potencial turístico de cada cidade”, enfatizou o ministro, já que destas 4 indicadas, apenas duas poderão ser aprovadas para integrar a Rede.

A candidatura de Rio das Ostras foi lançada no último dia 26 de abril, durante audiência pública realizada no Teatro Popular (foto) do município, que recebeu grande público, que contou com autoridades, produtores culturais e artistas de vários segmentos além da música.

Além de Rio das Ostras, estão inscritas as cidades de Aracaju, em Sergipe (SE); Belo Horizonte, Cataguases e Diamantina, em Minas Gerais (MG); Campinas, Santana de Parnaíba, São Paulo e Taubaté, em São Paulo (SP); Fortaleza, no Ceará (CE); Imbituba, em Santa Catarina (SC); Novo Hamburgo e Pelotas, no Rio Grande do Sul (RS); e Duque de Caxias, Itaboraí e Niterói, pelo Estado do Rio (RJ).

Para Ottone, a América Latina, especialmente o Brasil,  tem um histórico muito forte de atividades da chamada economia criativa ligada às suas bases sociais, “aspecto muito valorizado pelo comitê de avaliação”, de acordo com o chileno.

Atualmente, o Brasil conta com 8 cidades inscritas na Rede de Cidades Criativas da UNESCO, Belém, no Pará (PA), Florianópolis (SC), e Paraty (RJ), no quesito gastronomia; Brasília, no Distrito Federal (DF), e Curitiba, no Paraná (PR), no quesito design; João Pessoa, na Paraíba, na área de artesanato e artes populares; Salvador, na Bahia (BA), na área de música; e Santos (SP), no quesito cinema.

“Cidades criativas são um celeiro de oportunidades, um local onde se geram empregos de qualidade”, ressaltou Ernesto Ottone, explicando a importância da Rede, que auxilia no fomento do desenvolvimento cultural, turístico e econômico de cada cidade.

Para o ministro Marcelo Álvaro Antônio, desenvolver o turismo de forma sustentável é uma das preocupações da pasta, já que o turismo tem como pontos fortes o giro da economia interna, a consolidação da imagem do país perante as outras nações e também serve como fonte do ingresso de divisas, quando atrai turistas estrangeiros.

No ano que vem, Santos (SP) sediará a Conferência Anual da Rede das Cidades Criativas, primeira edição realizada na América Latina. O último encontro ocorreu no início deste mês, em Fabriano, na Itália.

Além disso, em 2020, a cidade do Rio de Janeiro receberá as celebrações do título de primeira Capital Mundial da Arquitetura da UNESCO, reforçando o potencial turístico não apenas do Estado do Rio, mas também do país.

“A cidade está concorrendo pelo setor da música como alternativa de desenvolvimento econômico. A cidade mantém um curso técnico de música, que todos os anos, forma dezenas de músicos para o mercado de trabalho. Além disso, o município abraça um dos maiores festivais de jazz e blues do mundo, e mantém o curso de Produção Cultural, da Universidade Federal Fluminense (UFF)”, explica a comunicação da prefeitura, em vídeo da campanha #EuQuero Rio das Ostras Criativa.

Para apoiar a candidatura da cidade da Região dos Lagos, basta acessar o site riodasostrascriativa.com.br e assinar a petição online. Além da capital baiana, fazem parte do segmento musical da Rede de Cidades Criativas da UNESCO as cidades de Bogotá e Medellín, na Colômbia; Bologna e Pésaro, na Itália; Amarante e Idanha-a-Nova, em Portugal; Frutillar, no Chile; Kansas City, no Estados Unidos (EUA); Glasgow, na Escócia; Liverpool, na Inglaterra; Norrköping, na Suécia; Hamamatsu, no Japão; Hannover e Mannheim, na Alemanha; Sevilla, na Espanha; Kingston, na Jamaica; Morelia, no México; Praia, em Cabo Verde; Kinshasa, no Congo; Brno, na República Tcheca; Katowice, na Polônia; Ghent, na Bélgica; Chenai e Varanasi, na Índia; Almaty, no Cazaquistão; Tongyoeng e Daegu, na Coréia do Sul; Adelaide, na Austrália; e Auckland, na Nova Zelândia. O resultado com as novas cidades criativas da UNESCO será divulgado em dezembro.

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