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Macaé sanciona lei que inclui gêneros da alimentação africana e indígena na merenda escolar

O prefeito de Macaé, Welberth Rezende (CIDADANIA), sancionou, na última semana, um projeto de lei conhecido como “Nutriafro”, que estabelece no cardápio mensal da rede pública municipal de educação, gêneros exclusivos das alimentações dos povos africanos e indígenas.

Segundo o município, o objetivo da nova legislação, que terá elaboração e acompanhamento da Coordenadoria de Nutrição da Secretaria de Educação, é estimular políticas públicas afirmativas das relações étnico-raciais no âmbito escolar.

“Conforme previsão legal, cada escola [pública] municipal deverá incluir a temática das culinárias africana e indígena em seu Projeto Político Pedagógico e promover ações que estabeleçam um diálogo permanente com toda a comunidade escolar sobre a construção de uma escola antirracista”, detalhou a prefeitura.

O município reforça ainda que a nova legislação, cuja sanção foi divulgada no último sábado, 6, determina que as secretarias de Educação, e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que também devem promover a regulamentação da lei.

“O projeto também é para valorizar e discutir a diversidade étnico-racial. O cardápio é uma estratégia para promovermos a igualdade racial”, comentou a secretária de Educação, Leandra Lopes.

Entre as sugestões de refeições divulgadas pela prefeitura, estão pratos como, moela com batata; galinha com angu, taioba ou almeirão; galinha com quiabo ou aipim; canjiquinha, feijoada, taioba, guandu, farofa de açafrão e colorau, quibebe de abóbora, moqueca de peixe e pirão; purê de inhame; tudo com um toque de pimenta, ervas silvestres e azeite de dendê.

Na lista também estão opções de sobremesas, como canjica, pamonha, papa, pão de milho, angu, mingau de tapioca, paçoca de amendoim; e frutas como, melancia, bananas, coco, cupuaçu, açaí, guaraná, pitanga e maracujá.

A prefeitura lembra que o projeto “NutriAfro” já funciona na rede pública municipal de Macaé desde o início de 2023, desenvolvido em parceria com as nutricionistas da empresa fornecedora de merenda escolar.

Na ocasião, a empresa distribuía previamente uma opção de cardápio para as escolas da rede pública municipal, para que os professores pudessem preparar aulas abordando temas referentes às culturas, negra e indígena.

“O projeto vai valorizar e incentivar ainda mais a nossa história. Estamos aqui pela nossa ancestralidade, pelos que vieram antes de nós. No projeto ‘NutriAfro’ podemos lembrar da história e da força e riqueza da culinária”, afirmou a secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Zoraia Braz.

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