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Macaé completa 204 anos apostando na retomada do petróleo e na revitalização da Bacia de Campos

Plataforma semi-submersível P-27 operando no Campo de Marlim na Bacia de Campos

Após criar o movimento “Bacia de Campos é Preciso Investir”, Capital do Petróleo ganha força em todo o país e mostra que está disposta a dar a volta por cima

Bertha Muniz

Macaé completa 204 anos de emancipação neste sábado (29) acreditando na retomada da indústria do petróleo, que continua sendo a maior fonte de arrecadação do município, influenciando em setores como comércio e hotelaria. Após criar o movimento “Bacia de Campos é Preciso Investir”, a Capital do Petróleo ganha força em todo o país e mostra que está disposta a dar a volta por cima. De acordo com o prefeito Dr Aluizio, cada uma das 10 sondas em operação na Bacia de Campos oferece mil empregos diretos e mil indiretos. A previsão do município é recuperar ao menos 20 sondas, gerando mais 60 mil empregos para a região.

“Essa projeção é importante não só para Macaé, como para todo o estado do Rio de Janeiro, que hoje tem 30% do seu PIB oriundo da indústria do petróleo”, destaca Aluízio.

Mesmo com toda a turbulência do mercado de óleo e gás, Macaé ainda é a cidade com uma das maiores receitas provenientes do produto. Só no ano passado, foram mais de R$ 293 milhões em créditos de royalties, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Pelas previsões orçamentárias, os royalties este ano devem cair um pouco, mas a perspectiva é que chegarão a R$ 245 milhões.

A região concentra, ainda, 64% da produção nacional de petróleo. Ao todo, são 711 poços de exploração. Só Macaé concentra 14 campos de produção, e mais dois (Tartaruga Verde e Tartaruga Mestiça) começam a entrar em operação ainda este ano. Também está previsto um teste de Longa Duração no pré-sal do reservatório de Forno (Albacora).

De acordo com Emerson Esteves, presidente da ACIM, os empresários da cidade não estão inertes a crise, estão buscando soluções para conseguirem passar por este período e ficarem ainda mais fortes e preparados, sempre com o apoio da ACIM.

Ele acredita que a curto prazo o turismo e os eventos irão fomentar a economia de Macaé, e uma retomada mais expressiva ocorrerá a médio prazo. “Dependemos de muitos fatores para alavancar a economia do nosso município, dentre eles os que talvez estejam ao nosso alcance são ampliar a infraestrutura portuária e aeroportuária, assim como o arco viário. Quanto mais infraestrutura oferecermos, mais negócios serão gerados na cidade. A ACIM acredita que bons empregos dependem da existência de boas empresas, e estamos trabalhando firmemente nesse sentido", finaliza.

Para o presidente da Comissão Municipal da Firjan, Evandro Cunha, o pior já passou e a expectativa para o futuro em relação a exploração de petróleo na região é de otimismo. “Estamos torcendo para que tenhamos um bom resultado na aquisição dos blocos nas rodadas de leilões, pois a partir dessas concessões é que a retomada se dá em si, com a exploração desses novos campos podemos prever a médio prazo uma alavancada da economia em nossa região”, afirma Cunha.

Ao todo já são dez os leilões de petróleo marcados para o período de 2017 a 2019 e que devem render US$ 30 bilhões em investimentos para o Estado do Rio. O cálculo é da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e considera o aporte necessário para desenvolver os campos localizados no litoral do estado ao longo do contrato, de 35 anos.

A expectativa se fundamenta ainda mais na 14ª rodada de leilões de novas áreas na Bacia de Campos, que acontece em setembro.

Somente nos blocos do Rio a expectativa é de que sejam descobertas, reservas de, no mínimo, 4 bilhões de barris de petróleo. O pico dos investimentos esperados nos campos está previsto para 2025. Hoje, a maior dívida do Estado do Rio é com a União, de R$ 5 bilhões por ano, valor que vem tentando renegociar.

"A Bacia de Campos possuía 100 sondas em operação, atualmente tem apenas 16. Esta retomada teria um impacto imediato na geração de empregos. Acreditamos que o processo para tal será de curto à médio prazo.  Nossa expectativa é que em 2018 novos investidores efetivem Deus negócios por aqui. Por outro lado, todo esse momento tem nos feito repensar na diversificação da economia, como por exemplo, investir no Turismo, já que Macaé tem potencial para isso. Contudo, todos os setores de movimentam, inclusive o comércio local, que é referência na região", disse o presidente da CDL Macaé, Luís Henrique Fragoso .

 

 

 

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