Pezão tenta efetivar policiais militares formados que não podem trabalhar por falta de recursos do estado
Tunan Teixeira
O Governador do Rio, Pezão (PMDB), está tentando conseguir auxílio do governo federal para enfrentar a crise no setor de segurança pública do estado, crise esta que se agrava na capital e nas cidades da Região dos Lagos e do Norte Fluminense, que sofrem com a falta de policiamento.
Nas últimas semanas, traficantes de diversas comunidades da cidade do Rio, principalmente do Complexo do Alemão, vêm enfrentando diariamente os agentes da Polícia Militar (PM), o que resultou em diversas mortes, incluindo pessoas sem nenhuma ligação com o tráfico de drogas, agravando ainda mais a crise.
Em diversas cidades da região, a população também vem sofrendo com a falta de policiamento, problema diagnostica há muitos anos, principalmente no 32º Batalhão de Polícia Militar (32º BPM), em Macaé, que, em janeiro deste ano, possuía cerca de 700 homens para prover a segurança em 6 cidades.
Na última semana, o Pezão anunciou, durante entrevista na Rádio CBN, que estaria em busca de ajuda da União para pagar soldados da PM que se formaram, mas não que podem trabalhar, por conta de falta de recursos do estado.
“Não é um momento fácil para a segurança em todo o país, mas principalmente aqui no Rio, que sempre foi muito difícil. Falta soldado, falta repor mais PMs. A gente perde quase 1.800 PMs por ano, a maioria por aposentadoria. Temos formandos, mas não temos hoje como admiti-los”, justificou o governador.
O anúncio foi feito quando o governador, perguntado sobre se o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) estava em dificuldades e se poderia ser salvo, respondeu que havia pedido ajuda ao governo federal.
“Acho que temos de reavaliar e reforçar (as UPPs). Se tiver que pedir, vou pedir, como fiz ao Presidente Michel Temer (PMDB), e ao Ministro da Justiça (Osmar José Serraglio), na terça-feira (25). Mas o Alemão sempre foi o local mais difícil para a gente. Era o hub (centro) da distribuição de drogas e armas. O fuzil virou uma arma banal aqui no Rio”, comentou Pezão.
O Governador do Rio disse ainda que necessita da ajuda da União para reforçar o policiamento nas estradas, por onde entram drogas e armas. Segundo ele, os postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Presidente Dutra estão abandonados.
“Eu tenho pedido ajuda sistemática, quase de 15 em 15 dias, ao Ministro (da Defesa) Raul Jungmann, ao Presidente Michel Temer e ao Ministro Osmar Serraglio”, concluiu o governador.
Foto: Reprodução
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