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Governador do Rio é indiciado pela Polícia Federal e vira alvo de investigação de corrupção

Em novos desdobramentos da Operação Sétimo Mandato, que investiga casos de corrupção e lavagem de dinheiro em 4 projetos de assistência social no Estado do Rio, levaram à Polícia Federal (PF) a indiciar, nessa terça-feira, 30 de julho, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

Segundo informações da Agência Brasil, a PF não informou os detalhes do indiciamento, nem quais crimes estariam sendo imputados ao governador do Rio, já que o inquérito está sob segredo de Justiça.

Apesar disso, os sites do UOL e do G1 divulgaram que o governador foi indiciado pelos crimes de corrupção e peculato, e que Cláudio Castro seria suspeito de desvio de recursos de programas assistenciais do Governo do Estado entre 2013 e 2019, período em que ele foi vereador do Rio e vice-governador do Estado.

A Agência Brasil lembra que, em dezembro do ano passado, a Operação Sétimo Mandato cumpriu mandados de busca e apreensão para investigar supostas propinas em contratos para projetos sociais do Governo do Estado do Rio.

Na ocasião, um dos alvos da operação da PF era o então presidente do conselho de administração da Agência de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio), Vinícius Sarciá Rocha, irmão de criação de Cláudio Castro.

A reportagem também ressalta que o governador do Rio não foi alvo de mandados da operação no ano passado, que o próprio Governo do Estado informou que a Sétimo Mandato não trazia nenhum novo elemento à investigação, que já transcorria desde 2019, e que não havia nenhuma prova contra o governador.

Porém, segundo informações do G1, em janeiro, a TV Globo teve acesso à decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Raul Araújo, relator do caso, que autorizou as buscas em um endereço de Vinícius Sarciá Rocha, e que afirma que Cláudio Castro recebeu propinas que somam 326 mil reais e 20 mil dólares.

Em 2023, durante a ação de busca e apreensão na casa do irmão de criação do governador, os agentes apreenderam 128 mil reais e 7,5 mil dólares em dinheiro vivo, além de anotações e planilhas.

Na decisão do ministro Raul Araújo, do STJ, o relator cita ainda imagens de câmeras de segurança de um shopping no Rio que mostram Cláudio Castro entrando com uma mochila aparentemente vazia, mas que apresenta diferença de volume na saída, o que segundo o ministro, poderia embasar a conclusão de recebimento de vantagem indevida por parte do governador.

Depois do indiciamento de Cláudio Castro, a assessoria de imprensa do Governo do Estado divulgou nova nota na qual informa que a defesa do governador entraria com pedido de nulidade do relatório do inquérito que indicia o chefe do governo fluminense.

“Causa estranheza o fato de, em todos esses anos, o governador sequer ter sido convocado a prestar qualquer esclarecimento sobre os fatos. As informações que sustentam a investigação são infundadas e a defesa reitera que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, em documentos que estão sob segredo de Justiça e continuam a ser vazados, o que vem sendo contestado junto aos tribunais superiores em razão de sua absoluta inconsistência”, afirma a nota.

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