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Firjan elogia resultado dos leilões do pré-sal e acredita que sucesso confirma momento de retomada do setor do país

Único ofertado na Bacia de Campos, Bloco Sudoeste de Tartaruga Verde ficou com a Petrobras, que exerceu direito de preferência como operadora na área e faturou o bloco em lance único

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) comemorou o sucesso da 5ª Rodada de Partilha do pré-sal, realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nesta sexta-feira 28, no Rio de Janeiro.

Segundo comunicado, a Firjan acredita que a presença maciça de empresas estrangeiras no último leilão de petróleo de 2018 confirma confiança no país, e avalia que o sucesso demonstra confiança com a segurança jurídica, independente do resultado das eleições gerais de outubro deste ano.

“A continuidade da realização dos leilões de petróleo e o sucesso de participação dos investidores estrangeiros destaca o grande potencial e competitividade do pré-sal brasileiro frente a outras reservas no mundo. Todas as áreas foram arrematadas e se encontram em águas fluminenses, o que reforça a posição do estado como protagonista no mercado de petróleo e gás natural”, aponta a Firjan.

Ainda segundo a Federação, esta Rodada foi destaque por uma combinação de fatores, como os 100% de arremate das áreas, a arrecadação de bônus de assinatura total de 6,82 bilhões de reais, a participação das empresas estrangeiras e novidades em relação à participação da Petrobras, que só usou o direito de preferência como operadora na área Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, onde apresentou o único e saiu vencedora.

Na área de Pau Brasil, pela primeira vez no regime de Partilha, a Petrobras entrou como sócia em um lance, com 40% do consórcio, junto a Total E&P Brasil como operadora e a chinesa CNODC, mas o consórcio vencedor foi formado pela BP Energy, pela Ecopetrol e por outra chinesa, a CNOOC, que ofertou maior percentual de óleo excedente, ficando apenas 1,39% acima do lance do consórcio da Petrobras.

A Federação destaca também que os percentuais de óleo excedente nos lances, critério para decisão do vencedor do leilão, tiveram ágio em 3 das 4 áreas, o que significa dizer que o ágio médio destas foi superior a 200%.

“Como resultado do leilão, os investimentos comprometidos por todas as operadoras devem ultrapassar o montante de 300 milhões de dólares nos próximos 7 anos. Para o mercado, isso se reflete em contratações de sísmica, afretamento e operação de embarcações especiais e construção de poços, sendo que para cada área arrematada, no mínimo, um poço exploratório deverá ser obrigatoriamente perfurado. Os investimentos iniciais são somente para a fase exploratória, antes da declaração de comercialidade. Há sempre grande expectativa para antecipação da produção do primeiro óleo, em um cenário favorável de preços da commodity, para que se possa tanto acelerar o retorno do capital inicial empreendido e também os efeitos para a indústria, governo e sociedade, em encomendas, arrecadação de participações governamentais, geração de empregos e renda”, analisa a Firjan.

Para a Federação, o resultado observado em todos os leilões do ano reforça a avaliação de que o mercado brasileiro do petróleo está “no caminho certo” da atração de grandes investimentos para a retomada da dinâmica econômica.

“Esse resultado confirma a pluralidade de operadores, ampliando nosso potencial de mercado mais competitivo e sustentável no médio-longo prazo. Além disso, fortalece também a necessidade de uma rede de fornecedores ampla e diversificada que responda às grandes demandas que virão, trazendo renda, arrecadação e milhares de empregos”, concluiu a Firjan, após os leilões.

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