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Empresas, Prefeitura de São João da Barra e Anvisa aumentam segurança no Porto do Açu para evitar entrada do coronavírus

Com os 12 casos de suspeita de contaminação pelo coronavírus no Brasil, supostamente 1 deles no Estado do Rio de Janeiro, o vírus que está aterrorizando a China e deixando o restante do planeta em alerta, passou a ser uma preocupação também no Porto do Açu, em São João da Barra, que recebe 2% de suas viagens vindas justamente da China.

Em média, o porto receberia aproximadamente 290 navios por mês, sendo pouco menos de 6 navios vindos da China, onde o vírus já matou mais de 200 pessoas. Nem todos os navios viriam diretamente do país asiático, mas como o tempo de incubação do vírus varia entre 2 e 14 dias, e o tempo de viagem dura de 40 a 45 dias, as autoridades locais entendem que o perigo de contaminação é pequeno.

Outro fator que em tese impede a entrada no vírus pelo Porto do Açu é o fato de que nenhum navio é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a atracar até que o relatório do comandante sobre as condições sanitárias da embarcação e tripulação seja aprovado.

As autoridades locais ressaltam ainda que o contato direto entre trabalhadores do Porto do Açu e as tripulações das embarcações é de apenas 2 ou 3 funcionários, no máximo, de um total de 8 mil somando todo o complexo, além de 2 tripulantes, dos 12 a 20 que chegam em cada navio.

As informações foram divulgadas em reportagem do portal Folha1, que teria recebido os dados das empresas que atuam no complexo do Porto do Açu diretamente à secretária de Saúde de São João da Barra, Arleny Valdés, em reunião que teria sido realizada na tarde da última quinta-feira, 30 de janeiro, na sede do governo municipal.

Além da representante da prefeitura, teriam participado da reunião ainda representantes da Porto do Açu Operações, da Ferroport, da GNA e da Anglo American, que teriam explicado que atuam de forma conjunta, seguindo todos os protocolos da Anvisa.

“Não há nenhuma suspeita no Porto do Açu, mas estamos executando todas as ações de acordo com os protocolos da Anvisa, realizando o trabalho preventivo em saúde, que é permanente, e mantendo o foco na comunicação dessas ações”, teria explicado o médico do trabalho, Vitor Cortês, da Ferroport e da Anglo American, ao Folha1.

Também teriam participado da reunião médicos sanitaristas e profissionais das áreas de recursos humanos, operações marítimas e relacionamento com comunidades das empresas, e além da secretária de Saúde, também estavam presentes o coordenador de Saúde do Trabalhador, Savio Saboia; a coordenadora de Vigilância Sanitária, Samia Damas; e a sanitarista da Vigilância Epidemiológica, Fabiana Faria, bem como o chefe de Gabinete da Prefeitura de São João da Barra, Edvaldo Machado.

Também na última quinta-feira, a Anvisa divulgou uma nota recomendando o uso de máscaras cirúrgicas para trabalhadores de portos, aeroportos e áreas de fronteias em todo Brasil com objetivo de evitar a propagação de um surto do coronavírus no país.

Segundo site UOL, a recomendação é válida até mesmo quando não houver informação sobre casos suspeitos de contaminação nos voos e navios que chegam ao país, e se estende até mesmo para profissionais que fazem a fiscalização de bagagens.

No mesmo dia, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, recebeu uma amostra do coronavírus, que será usada para comparações para determinar possíveis resultados positivos de infecções sob análise no país.

Os fragmentos teriam sido trazidos ao país por representantes da Organização Pan Americana de Saúde (Opas). De acordo com informações do portal G1, autoridades federais, estaduais e municipais devem participar de reuniões para analisar semanalmente supostos casos identificados, assim como ações de combate ao vírus.

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