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De olho em manter grupo político, Anthony Garotinho lança Rosinha para disputa da prefeitura de Campos em 2020

Ex-governadora do Rio e prefeita da cidade entre 2009 e 2016, Rosinha Garotinho (PATRI) é apontada pelo marido, Anthony Garotinho (PRP), como principal nome do grupo político para disputa da prefeitura no ano que vem

O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (PRP), trabalha nos bastidores para manter a unidade do seu grupo no berço político, a cidade de Campos dos Goytacazes, na qual tanto ele quanto sua esposa, Rosinha Garotinho (PATRI), foram prefeitos.

Em entrevista ao jornalista Carlos Cunha, na rádio Campos Difusora, no início do ano, o chefe do clã Garotinho lançou o nome da esposa como candidata à sucessão municipal em 2020. Dois dias depois, Rosinha foi condenada por improbidade administrativa pela Justiça, e vai recorrer, mas se a decisão se mantiver, ela estará inelegível por 8 anos.

Além disso, Rosinha está inelegível em função de contas rejeitadas na Câmara Municipal de Campos, avaliadas pela maioria do Legislativo, que estão aliados ao atual prefeito, Rafael Diniz (PPS).

Em meio à situação instável para disputar a eleição, o clã Garotinho, caso decida manter o nome da ex-governadora do Rio e ex-prefeita de Campos, terá que enfrentar uma dura batalha judicial, que pode terminar com o mesmo desfecho da candidatura de Anthony Garotinho, barrada pela Justiça Eleitoral quando tentava disputar o governo estadual.

Além disso, a própria Rosinha é resistente a participar de qualquer eleição como candidata, apesar de ser um nome considerado ainda forte para disputa municipal, o que levou o ex-governador a apresentar o próprio nome como segunda opção do grupo.

Todavia, como aconteceu na disputa pelo governo estadual em 2018, uma eventual candidatura dele também enfrentaria outra batalha jurídica para conseguir ter a candidatura deferida pela Justiça Eleitoral.

Embora viesse bem nas pesquisas, que se mostraram irrelevantes após a eleição de Wilson Witzel (PSC), o ex-governador perdeu o registro depois que a Justiça Eleitoral manteve a condenação e a inelegibilidade, só conseguindo derrubar essas medidas depois do 1º turno.

Ainda assim, Garotinho diz que seria o candidato à prefeitura, caso a esposa não pudesse concorrer, colocando como terceira opção seu filho, o deputado federal eleito Wladimir Garotinho (PRP).

O nome que não é citado em momento algum é o da filha, deputada federal reeleita, Clarissa Garotinho (PROS), ex-secretária de Assistência Social na Prefeitura do Rio, e que é uma aliada incondicional do pai, assim como Rosinha.

Segundo informações do jornal Folha1, do município, o movimento do ex-governador, na verdade, freia o ímpeto momentâneo de Wladimir, que estaria de olho na disputa pela Prefeitura de Campos, e tenta conter ameaças de rupturas do grupo político do clã Garotinho no município.

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