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Construção Civil é um dos setores que mais sofre com impactos da pandemia na compra de insumos e matérias-primas

Conceito da indústria da construção - arquitetos e engenheiros debatendo o progresso do trabalho entre concreto, andaimes e guindastes

A Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan) divulgou, nesta segunda-feira, 19, dados de um estudo da entidade a respeito da situação da indústria fluminense chamado Sondagem Industrial Especial: Fornecimento de Insumos e Matérias-primas no Estado.

Segundo esse estudo da Firjan, realizado em fevereiro desse ano, 6 a cada 10 indústrias do Estado do Rio ainda encontram dificuldades na compra de insumos e matérias-primas nacionais e importadas, que tiveram alta de preço desde o início da pandemia, em março de 2020.

Para o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira, esse não é apenas um problema nacional, mas também mundial, e que afeta diretamente o setor da Construção Civil, um dos setores que mais gera mais empregos no país.

“Este problema nacional e até mundial atinge diversos setores da economia, mas aumenta a nossa preocupação o fato de afetar a Construção Civil por conta da empregabilidade do setor, num momento já tão difícil para todos”, destacou o presidente da Firjan Norte Fluminense.

A Firjan conta que, em meio à essa situação, uma das soluções paliativas que os empresários do setor da Construção Civil encontraram foi investir em estoques, o que aumenta os custos e dobra a necessidade de fretes, por exemplo.

A Federação das indústrias fluminenses lembra que, historicamente, a Construção Civil sempre foi a mola propulsora da geração de empregos no país, algo que se repetiu mesmo durante a pandemia.

Conforme o estudo da Firjan, em fevereiro, a plataforma Retratos Regionais da Firjan mostrou que Macaé (2º) e Campos dos Goytacazes (9º) estão entre os 10 maiores contratantes da Indústria e Construção em todo o Estado, com a principal atividade sendo justamente obra de atividade industrial.

No saldo geral de empregos, Macaé ocupou até fevereiro a 3ª colocação geral do Estado, com saldo de 889 vagas abertas, sendo Indústria e Construção a principal contratante, enquanto que Campos ocupou a 4ª colocação geral do Estado, com saldo positivo de 513 novas vagas.

De acordo com esses dados da plataforma da Firjan, que foram compilados a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério da Economia, os setores de Comércio e Indústria e Construção foram as principais contratantes nessas duas cidades.

“Em relação a outubro de 2020, as dificuldades são menos intensas. No entanto, a expectativa de normalização é mais pessimista. No ano passado, a maior parte dos industriais fluminenses acreditava que a oferta seria regularizada até o segundo trimestre de 2021. Hoje, mais da metade acredita que a situação só estará normalizada a partir do terceiro trimestre. A Firjan ressalta que a pesquisa foi realizada antes das novas medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus em diversos estados. Dessa forma, considera que a escassez de insumos e matérias-primas pode se agravar e ser um entrave para a recuperação da atividade industrial”, ponderou a Firjan.

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