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Comissão Especial da Câmara Federal aprova texto da Reforma da Previdência

Bancada governista na Câmara Federal comemora aprovação do texto da Reforma da Previdência em comissão especial, por 23 votos favoráveis e 14 contrários

Aprovação por 23 votos a 14 foi comemorada pelo presidente Michel Temer

 

Da Redação

 

Depois de mais de 8 horas de discussão, a Comissão Especial da Câmara Federal aprovou, nesta quarta-feira, 3, o texto da Reforma da Previdência, apresentado pelo relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA).

O placar, de 23 favoráveis e 14 contrários, ficou dentro da expectativa governista, que esperava a aprovação com pelo menos três quintos da Comissão. Esse será o porcentual necessário para a votação em plenário (308 de 513 deputados), mas o embate de ontem mostrou que a tarefa não será fácil.

Apesar da comemoração dos deputados governistas e do próprio presidente Michel Temer (PMDB), a sessão de votação foi tumultuada e chegou a ser suspensa por 3 vezes ao longo do dia.

Para que a proposta fosse aprovada, partidos da base aliada fizeram substituições na Comissão, trocando deputados contrários à reforma por outros favoráveis, manobra duramente atacada pela oposição.

Partidos como PSB, PHS, PROS e SD, que integram a base do governo, orientaram suas bancadas a votar contra o parecer do relator, o que demonstra que, nas próximas semanas, serão ainda mais intensas as negociações do governo com sua base.

 

Comemoração – Por meio do seu porta-voz, Alexandre Parola, Temer disse que o número de votos demonstra o reconhecimento sobre a urgência da votação e que a Reforma da Previdência é inadiável.

Ainda na noite de quarta, os deputados votariam alguns destaques ao texto-base, e depois disso, o projeto seguiu para o plenário. O relator disse também que a data de votação da matéria em plenário dependerá do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Em meio às mudanças, foram distribuídas ontem mais duas versões do relatório da Reforma da Previdência, isso depois das 3 que foram divulgadas no dia da leitura do parecer, em 18 de abril.

No começo da manhã, o texto sequer estava pronto, o que atrasou o início dos trabalhos da comissão e levou a três suspensões da sessão. O mesmo ocorreu após o almoço, quando a retirada dos agentes foi anunciada, com quase duas horas de atraso, para só, às 19h30, as bancadas começarem a orientar a votação, 7 horas depois do início.

A sessão também foi marcada por tensão e alguns bate-bocas entre deputados de oposição e da base do governo. Além dos problemas ou das vantagens da reforma da Previdência apontados pelos parlamentares, teve um pouco de tudo dos discursos, incluindo defesa do povo palestino e críticas ao movimento contra imigrantes em São Paulo.

Foto: Reprodução

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