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Com crescimento de 250% do PT e maior bancada do PL, Alerj terá 45,7% de renovação a partir de 2023

Com o resultado das eleições gerais para as cadeiras do Congresso e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) já definido, além do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), eleito no 1º turno, a composição do parlamento estadual terá uma renovação de 45,7% das cadeiras em relação à eleição de 2018.

Apesar da maior bancada ficar nas mãos do PL, partido do governo, que saltou de 14 para 17 deputados estaduais, o partido mais vencedor das eleições foi o PT, que teve um crescimento de 250% em relação às ultimas eleições, quando elegeu apenas 2 parlamentares e agora terá 7 cadeiras na Casa.

Entre os 32 novos deputados estaduais do Rio, cresceu também o número de mulheres eleitas e de parlamentares autodeclarados negros, além do eleitorado fluminense ter elegido, pela 1ª vez em sua história, uma deputada transexual, uma autodeclarada indígena e outra asiática.

Segundo a Alerj, a próxima legislatura contará com 32 novatos e 38 reeleitos, renovação menor do que em 2018, quando 51% dos parlamentares, com 36 novos deputados sendo eleitos na ocasião, e apenas 34 sendo reeleitos.

Importante lembrar que, como a posse da nova composição da Casa acontece apenas em fevereiro de 2023, até lá, existe a possibilidade de mudanças, pelo menos nos nomes, já que o governo ainda pode nomear alguns eleitos para a gestão das pastas do novo governo.

Em números absolutos, a maior bancada ficou com o PL, com 17 deputados estaduais, seguida do UNIÃO (com 8), do PT (com 7), do PSD (com 6), e do PSOL (com 5), completando os 5 partidos com maior representatividade na Casa.

Depois aparecem o PP (com 4), seguido de REPUBLICANOS e SOLIDARIEDADE (com 3), PSB, PROS, MDB, PDT e PODE (com 2), e AVANTE, PMN, PATRIOTA, AGIR, PSC, PTB, e PCdoB (com 1).

Entre os parlamentares fluminenses, o mais votado foi o ex-líder do governo na Alerj, Márcio Canella (UNIÃO), com 181.274 votos, e que atualmente é presidente da Comissão de Orçamento e líder de seu partido na Casa.

Dentre os deputados estaduais que tiveram a votação mais expressiva para a próxima legislatura, a Alerj destacou Douglas Ruas (PL), com 175.977 votos; Renata Souza (PSOL), com 174.132 votos; Rosenverg Reis (MDB), com 131.308 votos; Dr. Serginho (PL), com 123.739 votos; Delaroli (PL), com 114.155 votos; e Thiago Gagliasso, com 102.038 votos.

Além de Dr. Serginho, de Cabo Frio, a região do entorno da Bacia de Campos conseguiu eleger outros nomes, como Rodrigo Bacellar (PL), de Campos dos Goytacazes, com 97.822 votos; Bruno Dauaire (UNIÃO), também de Campos, com 68.455 votos; Chico Machado (SOLIDARIEDADE), de Macaé, com 37.024 votos; Carla Machado (PT), de São João da Barra, com 34.658 votos; e Thiago Rangel (PODE), também de Campos, com 31.175 votos.

A Alerj ressalta que, nessas eleições também houve crescimento da bancada feminina, com 15 mulheres eleitas, representando 21,4% das 70 cadeiras da Casa, mais do que as 12 eleitas em 2018, e contando com a 1ª deputado estadual trans do Rio, Dani Balbi (PCdoB), que é doutora em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora da Escola de Comunicação Social.

Outros destaques femininos lembrados pela Alerj nessa eleição foram a Índia Armelau (PL), autodeclarada indígena, e Elika Takimoto (PT), autodeclarada asiática, e 9ª parlamentar mais votada para a Alerj no último domingo, 2 de outubro, com 95.263 votos.

“Comparando com a eleição de 2018, foram eleitos mais parlamentares autodeclarados pardos, pretos, indígenas e asiáticos. A Alerj terá 24 deputados que não se consideram brancos, ou seja, 34,2%. Destes, 8 se declaram pretos e 24 pardos, além de Índia Armelau e Elika Takimoto. Em 2018, não foram eleitos asiáticos e indígenas, os pardos eram 14 e 5 se autodeclaravam negros”, detalha o Legislativo fluminense.

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