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Casimiro de Abreu reforça importância de parceria com produtores rurais visando a safra do feijão

A Prefeitura de Casimiro de Abreu reforçou a parceria entre a Secretaria de Agricultura e Pesca com os pequenos produtores rurais do município com visando a safra do feijão, que promete bater mais um recorde em 2023.

“Saímos de 4,5 toneladas em 2020 para 12 toneladas em 2021. Ano passado, colhemos mais de 20 toneladas, e em 2023 a expectativa é de que tanto o número de produtores quanto a produção supere em muito nossas expectativas”, vibrou o secretário de Agricultura e Pesca, Douglas Veloso.

Em agosto do ano passado, o número de produtores que acreditaram e investiram na safra do feijão praticamente dobrou, saltando de 23 para 40 produtores, quando a expectativa era de superar 30 toneladas de produção, meta não alcançada em 2022.

A prefeitura lembra que, por meio do Projeto Feijão, oferece todo apoio para a produção, com sementes, máquinas para o preparo do solo, plantio e colheita, além do acompanhamento técnico no campo e beneficiamento da produção.

A expectativa do município vai de encontro à estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que, em outubro do ano passado, previa a menor área cultivada dedicada à safra do feijão desde 1976.

De acordo com a prefeitura, as máquinas da Secretaria de Agricultura e Pesca começaram a trabalhar, na semana passada, na preparação do solo, aumentando a expectativa em relação ao número de produtores envolvidos.

Segundo dados do Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE), a população brasileira consome, em média, em torno de 223 mil toneladas de feijão por mês, somando uma média de mais de 2,6 milhões de toneladas por ano.

E o consumo do alimento, que junto com o arroz, faz uma das duplas mais famosas da mesa brasileira, pode também trazer benefícios à saúde, com base em uma pesquisa recente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O estudo conduzido pela Faculdade de Medicina da UFMG e divulgado pela CNN em fevereiro desse ano, revelou que pessoas que não consumiram feijão apresentaram 10% mais chances de desenvolver excesso de peso e 20% mais chances de chegar à obesidade, enquanto que o consumo regular de feijão, em 5 ou mais dias da semana, apresentou fator de proteção no desenvolvimento de excesso de peso (14%) e da obesidade (15%).

Na época, a CNN explicou que, para chegar aos resultados, estudo coletou dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, reunindo informação de mais de 500 mil adultos acompanhados entre 2009 e 2019, por meio de entrevistas por telefone.

Apesar do consumo médio mensal ainda ser bastante alto entre os brasileiros, a pesquisa da UMFG também apresentou uma previsão de que, daqui há 3 anos, o feijão pode não ser mais consumido no país de forma regular, ou seja, entre 5 e 7 dias por semana.

Ainda segundo o estudo, desde o ano passado, o consumo de feijão entre as mulheres já é inferior ao regular, algo que pode acontecer entre o público masculino em até 6 anos, sendo a substituição de alimentos naturais por ultraprocessados um dos motivos apontados pelos pesquisadores.

“A mudança de perfil alimentar se deve a praticidade que os ultraprocessados oferecem ao dia a dia. Então, pela falta de tempo, muitos optam por produtos prontos ou fáceis de serem preparados”, afirmou a pesquisadora Fernanda Serra à reportagem da CNN no mês passado.

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