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Candidatos à presidência mais bem posicionados em pesquisa recente do Ibope falam sobre corrida eleitoral

Da esquerda para a direita, em cima, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), e embaixo, Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB), os 4 primeiros colocados na última pesquisa divulgada, e que seguem em busca de novos eleitores

Primeiros mais bem colocados na disputa para presidência de acordo com recente pesquisa de intenções de votos realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) comentaram sobre a corrida eleitoral neste início da semana.

Em terceiro lugar na pesquisa do Ibope, com 11%, o candidato do PDT falou sobre 3 grandes debates nas emissoras de TV aberta e acredita que o resultado dos encontros ainda pode promover mudanças nas intenções de votos.

Ciro Gomes, que desde o início da corrida eleitoral, vem se mostrando o menos rejeitado entre os eleitores, acredita que ainda pode ganhar a confiança dos muitos eleitores indecisos e das mulheres.

“Será que o Brasil aguenta projetar a crise de 2014 que não se evadiu até hoje? Será que está obrigado a escolher entre o coisa ruim e a volta do PT?”, falou Ciro Gomes à agência internacional de notícias, Reuters, durante campanha no Estado do Rio, nesta terça-feira, 25.

No mesmo dia, o candidato tucano, que aparece na quarta colocação na pesquisa do Ibope, com 8%, também em campanha no Rio de Janeiro, comemorou a oscilação de 1% em relação ao levantamento anterior, e mais ainda a vitória em confronto com o candidato do PSL em um eventual segundo turno.

“Nós já crescemos mais 1 ponto, a rejeição caiu e, no segundo turno, nós vencemos os 2 candidatos que estão pontuando à frente [Bolsonaro e Haddad]. Essa campanha mais fragmentada, são 13 candidatos, a decisão é sempre no finalzinho”, disse Alckmin em entrevista à Rádio Gaúcha, do Rio, afirmando que não vai mudar de estratégia.

Segundo a Reuters, outro ponto abordado por Alckmin foi a polêmica declaração de Paulo Guedes, economista de Bolsonaro, sobre a criação de um novo imposto e o aumento da alíquota do Imposto de Renda para os mais pobres.

“Não vamos fazer como o outro candidato, o Bolsonaro, que o Paulo Guedes, que é quem vai mandar no governo, um banqueiro, eu não vou ser pau mandado de banqueiro”, disparou Alckmin.

Sobre o assunto, o próprio Bolsonaro, que lidera a pesquisa do Ibope, com 28%, mas já começa a sofrer aproximação de Haddad, falou sobre as supostas declarações de seu economista de campanha, negando que a proposta seja exatamente aquela que foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo há alguns dias.

“A proposta do Paulo Guedes para o Imposto de Renda, eu até falei para ele, ‘você está sendo ousado’. A proposta dele é o seguinte: quem ganha até 5 salários mínimos, não paga Imposto de Renda e dali para a frente uma alíquota única de 20%. A União perderia arrecadação sim, mas o gás que você daria às empresas, aos comerciantes, produtores rurais para empregar gente, desonerando a folha de pagamento, compensa e muito”, explicou o deputado federal fluminense, em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta segunda-feira, 24, falando do hospital Albert Einstein, onde está internado desde o último dia 6.

Na mesma entrevista, o candidato do PSL informou que vai receber alta médica até o próximo domingo, dia 30, mas afirmou que mesmo após deixar o hospital, não fará campanha na rua, utilizando apenas transmissões ao vivo nas redes sociais para se comunicar com seus eleitores, a partir de 1 de outubro.

Em segundo lugar na pesquisa do Ibope, com 22%, Fernando Haddad também falou sobre as eleições, mas desta vez, adotou um discurso de aproximação com rivais que ficarem para trás no primeiro turno caso ele avance na disputa.

“Não vamos resolver tudo no dia 7 ou 28 de outubro (datas da realização, respectivamente, do primeiro e do segundo turno destas eleições gerais). Às vezes eu vejo aí candidato dizendo ‘eu vou sair muito forte [da eleição] e vou aprovar tudo em três meses’. Não vai acontecer isso, não ocorrerá”, disse o petista em conversa com a jornalistas de Curitiba.

De acordo com a Reuters, Haddad teria se referido às recentes de declarações de Ciro e Alckmin, que teriam afirmado a intenção de usar a “força das urnas” para aprovas suas principais medidas nos primeiro 6 meses de governo.

Diferente do candidato do PDT, o ex-prefeito de São Paulo comemorou que uma candidatura de centro-esquerda possa disputar o segundo turno, se referindo aos bons resultados nas pesquisas de sua candidatura e de Ciro Gomes.

“Dois anos atrás eu duvidava que pudéssemos ter um candidato de centro-esquerda no segundo turno. Agora vamos ter ali alguém disputando voto a voto”, comentou o petista, que acredita que o próximo presidente precisará ainda “reconstruir no imaginário das pessoas alguma confiança no sistema político”.

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