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Câmara de Macaé promove audiência pública para tirar dúvidas sobre as eleições do próximo dia 3 de outubro

Em audiência pública realizada na noite desta quinta-feira, 8, a Câmara Municipal de Macaé debateu as eleições gerais do próximo dia 3 de outubro, que vão eleger presidente, governadores, deputados estaduais e federais, e senadores.

De acordo com a Casa, a audiência serviu para tirar dúvidas dos candidatos, representantes de partidos e sociedade civil, reforçando que a Justiça Eleitoral atua para garantir a segurança e a transparência de todo o processo.

No encontro, o Legislativo foi representado pelo seu presidente, vereador Cesinha (PROS), pela vereadora Iza Vicente (REDE), e pelo procurador Roan Flores de Lima, tendo a participação ainda do juiz da 109ª Zona Eleitoral (ZE) de Macaé, Josué de Matos Ferreira, do promotor eleitoral Fabrício Rocha Bastos, da presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-RJ), Ana Agleice Poncio Destefani, além do procurador-geral da prefeitura, Fabiano Paschoal.

Segundo o juiz eleitoral Josué de Matos Ferreira, combater a circulação de notícias falsas, chamadas de “fake news”, é um dos grandes desafios da atualidade, não apenas em território nacional, mas também em todo o mundo.

“Esse é um problema de escala global. Não temos a garantia de que a informação verdadeira chegará a todos que receberam a mentira pelas redes sociais, por exemplo”, se preocupou o juiz da 109ª ZE.

O presidente da Câmara lembrou que a própria atual gestão da Casa foi vítima de “fake news”, no ano passado, com falsas acusações de fraudes em licitações e esquemas de rachadinhas, como ficou conhecida a prática de apropriação indevida dos salários de servidores públicos.

“Muitos compartilharam uma inverdade lançada com o intuito de prejudicar os trabalhos. A sensação de impunidade faz com que muitos ainda adotem esse método desleal”, comentou Cesinha.

Para a vereadora Iza Vicente, o problema é ainda mais sério, já que muitas vezes, mesmo desmentindo as falsas informações, é difícil identificar os autores e de onde elas surgem em meio à maré das redes sociais.

“O mesmo [fake news] aconteceu comigo e até hoje não sabemos quem foi o autor. Situações se agravam ainda mais com a intolerância religiosa e outros tipos de preconceito”, ressaltou Iza Vicente.

Reforçando a segurança das urnas eletrônicas, o promotor eleitoral Fabrício Rocha Bastos explica que elas são “seguras, invioláveis e eficientes nos resultados”, e que, após o término do horário de votação, o presidente de cada seção eleitoral disponibilizará o boletim com o resultado.

Ele lembra ainda que, quem quiser, pode fazer registro fotográfico da tela da urna, ou apontar a câmera do celular para o código QR que estará impresso no documento, ressaltando que a apuração acontece em tempo real no site e no aplicativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Na última eleição, circularam notícias de que uma urna na Região Serrana havia sido roubada, o que não ocorreu. Isso gerou grande apreensão entre os moradores”, contou Josué de Matos Ferreira.

Vale lembrar que a Justiça Eleitoral disponibilizou um aplicativo de celular chamado Pardal, para o envio de denúncias e outros indícios de práticas ilegais nessas eleições gerais, sendo necessário apenas nome e CPF, lembrando que a identidade dos denunciantes é mantida sob sigilo.

Outra forma de entrar em contato com os órgãos da Justiça Eleitoral é pelo telefone da Ouvidoria do Ministério Público, através do número 127, com pelos telefones (22) 2772-9214 ou (22) 2772-3520, com o Cartório Eleitoral.

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