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Câmara de Macaé aprova projeto da prefeitura para convênio com o Estado para conclusão de obras em escola do Lagomar

Obra de Escola no Lagomar abandonada pelo governo do estado. Macaé - Data 24/10/2017. Rio de Janeiro/Brasil

Obras em prédio de 3 andares, cuja construção começou em 2013, na gestão do ex-governador Pezão (MDB), atualmente preso, serão concluídas com recursos da Prefeitura de Macaé após aprovação de projeto de lei pelos vereadores

Com muita discussão, a Câmara Municipal de Macaé aprovou em sessão ordinária desta terça-feira, 9, um projeto de lei de autoria do Executivo para firmar acordo com o Governo do Estado do Rio para a conclusão das obras de uma escola, no Lagomar.

Apesar da aprovação por unanimidade, os vereadores da oposição criticaram a falta de detalhamento no texto do projeto, reconhecendo, porém, a necessidade da urgência na conclusão das obras que têm previsão de atender cerca de 3 mil crianças no bairro e vizinhança.

Líder do governo da Câmara, o vereador Julinho do Aeroporto (MDB) ressaltou a importância da oposição, apesar das críticas, não se posicionar contrária à conclusão das obras, mas aproveitou para alfinetar o vereador licenciado e atual secretário de Educação de Macaé, Guto Garcia (MDB), que teria sido contrário à medida em 2018, quando atuava na Casa.

“Na verdade, a oposição, quando faz uso da palavra, não diz que é contrária ao término daquelas obras. É importante. Mas o secretário também, Guto Garcia, foi contrário aqui, ano passado, quando nós levantamos essa questão. Desqualificou; se pegar a ata, nós vamos ver, ele foi radicalmente contrário. Isso é uma pauta que o prefeito já vem tentando há muito tempo. Ele se posicionou contrário”, disparou Julinho.

Vice-presidente da Casa, o vereador não poupou nem o ex-colega de plenária no Legislativo macaense e atual deputado estadual, Welberth Rezende (PPS), dizendo que ele não faz mais do que sua obrigação, mas ressaltou que a forma como a unidade vai ser administrada, compete aos executivos, estadual e municipal, decidirem.

“Então voltando aqui ao colégio do Lagomar, é importante demais iniciar e finalizar aquelas obras. Agora, quem vai tocar, pode ser o município, pode ser o Estado. Acho que é importante a gente entregar aquele empreendimento para aquela população”, completou Julinho, que lembrou um requerimento de sua autoria para que o secretário de Educação visite as escolas do município.

Conforme Guto explicou no fim de março deste ano, a expectativa do governo municipal é de que após a conclusão das obras, a nova estrutura ajude a atender a demanda de um dos maiores bairros da cidade.

“No turno da manhã, o espaço vai funcionar como escola estadual. Já no período da tarde, será uma unidade municipal voltada para alunos do 6º ao 9º anos. Já à noite, o local contará com Educação de Jovens e Adultos (EJA) e cursos do Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep) e do Centro de Formação Carolina Garcia”, explicou Guto, no final de março do ano passado.

A conclusão das obras foram acordadas em parceria com o Governo do Estado, através do secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes (PDT), que recentemente esteve em Macaé para a reabertura da Coordenadoria Regional de Educação de Macaé, fechada desde 2011, e que ajudará a atender profissionais e estudantes da rede pública estadual.

Além da reabertura da unidade, que aconteceu na última sexta-feira, 5, o secretário Pedro Fernandes visitou as obras da escola do Lagomar acompanhado de Welberth.

Juntamente com as obras do Governo do Estado, iniciadas em 2013, na gestão do ex-governador Pezão (MDB), atualmente preso por corrupção, o município segue com as obras de outra escola no Lagomar, mas voltada para a Educação Fundamental.

“Em breve, os alunos do Ensino Fundamental do Lagomar contarão com duas novas escolas, a escola padrão construída pela prefeitura, e a que vai funcionar de forma compartilhada com o Governo do Estado, obra inacabada da rede estadual que será encampada pela educação municipal”, lembrou Guto Garcia no último dia 4.

De acordo com o governo municipal, com a aprovação do projeto de lei pelo Legislativo, as obras na unidade compartilhada necessitam de intervenções pontuais, como no sistema hidráulico e elétrico, na pintura, e na colocação de janelas e forro, além de acabamentos nos pisos, escada e rampa.

“Teremos um prédio próprio para atender uma média de mil alunos por turno, o que facilitaria na oferta de vagas para os moradores do bairro”, ressaltou Guto Garcia no fim de março desse ano.

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