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Búzios também quer proibir uso de canudinhos de plástico

O município de Búzios também decidiu comprar a luta pela fim dos canudinhos de plástico. Nesta semana, o vereador Lorram Silveira apresentou o Projeto de lei 46/2018, que visa proibir a comercialização, a distribuição, a venda e a utilização de canudos plásticos no âmbito do município.

O projeto também prevê proibir o uso de embalagens plásticas em pratos, guardanapos, talheres, canudos biodegradáveis, sendo permitidas, entretanto, as embalagens produzidas com papel ou outra matéria prima renovável e biodegradável.

“Os modelos tradicionais de canudinhos e copos descartáveis, utilizados comumente no mercado consumidor, são confeccionados com plástico comum, que demoram em média 100 anos para se degradar no meio ambiente.  Assim, a referida proposição sugere utilização obrigatória em todos os estabelecimentos comerciais de modelo biodegradável (matéria prima orgânica: amido), cuja degradação demora em média de 45 a 180 dias, o que por via reflexa minimizará a degradação ambiental.", justifica o vereador.

O Projeto de lei 46/2018 foi encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça para análise. Se  for aprovado, os estabelecimentos comerciais que não cumprirem a Lei estarão sujeitos à multa de no mínimo 600 UPFM. Os valores arrecadados com essas multas serão destinados a programas educacionais ambientais.

 

Fim dos canudinhos - A partir da preocupação com o impacto ambiental causado pelo plástico, vários países do mundo têm buscado medidas de reduzir ou banir o uso desse material. São reflexo dessa conscientização os projetos de leis que buscam proibir o uso dos canudinhos e de embalagens plásticas. Aqui no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro foi a primeira cidade a propor o fim dos canudinhos de plástico. Em Arraial do Cabo, a lei já foi aprovada.

Segundo dados da ONU, 8 milhões de toneladas de resíduos plásticos são despejadas por ano nos oceanos. A poluição plástica é um dos maiores desafios ambientais dos nossos tempos, afetando não só o meio ambiente, mas a saúde das pessoas. A Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa), entretanto, aponta um número ainda mais alarmante. Em estudo sobre população marinha, estimou que 25 milhões de toneladas de resíduos vão parar nos oceanos anualmente, sendo 80% desse volume consequência da má gestão dos resíduos sólidos nas cidades e metade (12,5 milhões de toneladas) é plástico.

Sem o descarte adequado, o plástico vai para os lixões - muitos deles à beira de corpos d’água-  e seguem para o mar, onde se transformam em microplásticos, que são engolidos por animais marinhos. Conforme a organização internacional Plastic Change, até 2050 haverá mais lixo do que peixes nos mares do planeta.

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