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PF faz operação contra fraudes em previdências municipais e cumpre mandado na sede da PreviCampos

RJ - OPERAÇÃO LAVA JATO/PF - GERAL - Movimentação na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro (RJ), na manhã desta terça-feira (14). A Polícia Federal realiza mais uma etapa da operação Lava Jato que investiga corrupção e pagamento de propina em contratos da linha 4 do Metro. O diretor da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro (Rio Trilhos), Heitor Lopes de Sousa Junior, e o atual subsecretário de Turismo do estado e ex-subsecretário de Transportes, Luiz Carlos Velloso, foram presos. 14/03/2017 - Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/PAGOS

 A operação foi nomeada como Encilhamento e é a segunda fase da Operação Papel Fantasma.

Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão nesta quinta-feira (12), no Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Campos dos Goytacazes (PreviCampos). Foram apreendidos documentos e HDs. Os trabalhos são parte da Operação Encilhamento, que apura fraudes em aplicação de recursos de institutos de previdência municipais em fundos de investimento de sete estados do país.

A operação é a segunda fase da Operação Papel Fantasma. Policiais Federais e auditores-fiscais da Receita Federal cumprem 60 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão temporária expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás. No estado do Rio, além de Campos, há dois mandados a serem cumpridos na Capital, além de um em Belford Roxo e outro em Angra dos Reis.

A direção do PreviCampos considerou a busca e apreensão da PF como uma aliada na apuração administrativa que o instituto já estava realizando. De acordo com o diretor administrativo e financeiro, Roberto Hefler, irregularidades foram levantadas e o instituto ainda verifica dados como o patrimônio reduzido de R$ 1,3 bilhão, em 31 de dezembro de 2015, para R$ 800 milhões, em 31 de dezembro de 2016. “Uma redução substancial do patrimônio dos servidores públicos municipais”.

As investigações identificaram 28 Institutos de Previdência Municipais que investiram em fundos que, por sua vez, direta ou indiretamente, adquiriram os papéis sem lastro. “Há o envolvimento de uma empresa de consultoria contratada pelos Institutos de Previdência e elementos que apontam para corrupção de servidores ligados a alguns Institutos de Previdência”, diz a Polícia Federal.

Estão sendo investigados, até o momento, 13 fundos de investimento. No 2º semestre de 2016 foi constatada a existência de R$ 827 milhões em apenas oito destes fundos, dinheiro para o pagamento das aposentadorias dos servidores municipais. Os investigados responderão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro com penas de 2 a 12 anos de prisão.

O trabalho dos agentes federais foi acompanhado pelo presidente do PreviCampos, André Luiz Gomes de Oliveira. Em nota, a Prefeitura de Campos informou que o objetivo é “investigar supostas irregularidades ocorridas na gestão passada, sobretudo no ano de 2016,” e ressaltou que está “à disposição para colaborar com as investigações que se fizerem necessárias”.

*Com informações do Folha 1

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