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Homem que matou cruelmente e enterrou motorista de aplicativo em Saquarema é condenado pela Justiça

A 2ª Vara Criminal de Saquarema condenou, nessa quarta-feira, 21, Yago Fiuza Moura Medeiros pelo assassinato do motorista de aplicativo José Wellington Vicente de Oliveira, morto brutalmente em agosto de 2023.

Condenado a 31 anos e 4 meses de prisão, Yago Fiuza Moura Medeiros vai responder pelos crimes de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, além de ocultação de cadáver, já que, além de assassinar a vítima a sangue frio, ainda enterrou o corpo no quintal de uma casa vizinha à sua residência.

Relembre o caso:

O crime que chocou a cidade e a região aconteceu na noite de 31 de agosto de 2023, quando Yago solicitou uma corrida no aplicativo 99, usando a conta de um amigo, e, durante a viagem, matou cruelmente o motorista, José Wellington, de 55 anos.

Segundo informações da época, a vítima teria deixado a esposa na faculdade por volta das 20h, e foi fazer a corrida de aplicativo até o horário de ir buscá-la, às 22h, mas nunca conseguiu retornar para a família.

No dia seguinte, na sexta-feira, 1º de setembro, a esposa de José Wellington entrou em contato com a seguradora do veículo, que informou que o carro estava no bairro Guarani, onde foi encontrado abandonado com marcas de sangue no estofado e no teto, e com uma marca de sapato no banco de traz do carro, indicando sinais de luta.

Diante dos fatos, a Polícia Civil foi chamada, periciando o local e iniciando as investigações, enquanto a vítima foi dada como desaparecida, até que, na segunda-feira, 4, uma ligação do Disque-Denúncia levou uma equipe do 25º Batalhão de Polícia Militar (25º BPM) de volta ao bairro Guarani.

A denúncia relatava ruídos de escavação e obras durante a madrugada em todo final de semana em uma casa na Rua José Arídio da Silva, mais conhecida como Rua do Faraó, local próximo onde o carro de José Wellington tinha sido encontrado 3 dias antes.

Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos por Yago Fiuza Moura Medeiros e sua companheira, Joyce Oliveira Fonseca, moradores da casa ao lado, mas que estavam com a chave da casa de onde vinham os ruídos de escavação de madrugada.

Ao averiguarem a residência, os policiais encontraram ferramentas recém utilizadas e uma área com solo afundado nos fundos da casa, onde os policiais encontraram o corpo que foi reconhecido pelo irmão da vítima, Anderson José Vicente de Oliveira.

Questionado pelos policiais, Yago disse aos policiais que tinha ouvido barulhos na casa ao lado à sua na madrugada de 1º de setembro, encontrando o corpo de José Wellington, alegando ter enterrado o cadáver sem avisar às autoridades por medo de se envolver e por possuir antecedentes criminais.

Como não havia sinais de arrombamento na casa, e tanto Yago quanto Joyce tinham as chaves do imóvel, os policiais averiguaram também a casa do casal, onde encontraram um simulacro de arma de fogo e os pertences da vítima, incluindo o aparelho celular utilizado depois de sua morte para enviar mensagens à família, os seus documentos e a chave do veículo.

Yago Fiuza Moura Medeiros e Joyce Oliveira Fonseca foram presos pela polícia no mesmo dia 4 de setembro, e levados para a 124ª Delegacia de Polícia Civil (124ª DP), de Saquarema. Até a publicação dessa matéria, não havia informações sobre o julgamento de Joyce Oliveira Fonseca, pelo envolvimento na morte de José Wellington.

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