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Farmácia é interditada e uma pessoa é presa em Rio das Ostras em operação da Polícia Federal

Iniciada na manhã dessa terça-feira, 11, a Operação Tarja Preta da Polícia Federal (PF) interditou uma farmácia no bairro Terra Firme, em Rio das Ostras, alvo de 1 dos 6 mandados de busca e apreensão, em ação que contou com a participação de agentes do Departamento de Vigilância em Saúde do município.

A operação, que investiga um esquema de exportação ilegal de remédios controlados de Rio da Ostras para o Estados Unidos (EUA), passou a manhã na cidade vistoriando farmácias apontadas como alvos da investigação.

De acordo com informações da prefeitura, apenas uma foi interditada, a Drogaria Terra Firme, onde policiais federais e fiscais sanitários do município teriam apreendido provas, enquanto noutra farmácia, no Âncora, nenhuma irregularidade teria sido encontrada.

Durante a operação dessa terça, uma pessoa teria sido presa em flagrante, com os policiais federais encontrando ainda um local onde uma remessa de remédios “tarja preta” estaria pronta para ser enviada aos EUA.

Coordenadora do Departamento de Vigilância em Saúde de Rio das Ostras, Nirvana Braga contou que a ação, que teve apoio do Ministério Público Federal (MPF) e do governo norte-americano, foi planejada em sigilo pela PF e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Fomos comunicados no início dessa madrugada que iríamos participar, sem saber o local que iríamos fiscalizar. Como se trata de uma farmácia, a nossa equipe foi acompanhada por uma farmacêutica. Fizemos uma fiscalização geral no estabelecimento, principalmente verificando os medicamentos controlados que estavam sendo vendidos sem receitas. Como interditamos o local, os agentes, inclusive, levaram as chaves do armário onde esses medicamentos ficam guardados”, relatou Nirvana Braga.

Nessa terça, a PF revelou que as investigações foram iniciadas em 202, apontando uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre fornecedores, as farmácias, e intermediários e receptadores, que exportava remédios “tarja preta” sem receita para os EUA, em desacordo com normas sanitárias brasileiras e norte-americanas.

Entre os remédios interceptados pela PF e pelo US Customs and Border Protection (CBP), a alfândega norte-americana, em cooperação com a Drug Enforcement Administration (DEA), agência norte-americana de combate às drogas, estavam Zolpidem, Alprazolam, Clonazepam, Pregabalina e Ritalina, todos classificadas pela Ministério da Saúde como psicotrópicas ou entorpecentes.

A PF explicou ainda que as investigações teriam revelou dezenas de movimentações financeiras atípicas e transferências bancárias, trazendo à tona fortes indícios de lavagem de dinheiro e financiamento da atividade ilícita, depois da prisão do líder da organização, na cidade de Orlando, na Flórida, nos EUA.

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