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Psicólogo alerta pais para que acompanhem comportamento de filhos devido a jogo que pode levar ao suicídio

Pais devem monitorar o que os filhos acessam em redes sociais e outras mídias digitais

Jogo propõe 50 desafios aos adolescentes e sugere suicídio como última etapa

Daniela Bairros

O Jogo da Baleia Azul, que propõe 50 desafios aos adolescentes e sugere o suicídio como etapa final, está preocupando muitos pais. Dois casos de mortes estão sendo investigados. Um no Mato Grosso e outro na Paraíba, além de uma tentativa de suicídio no Rio de Janeiro, que segundo a polícia, pode ter relação com o jogo.

O psicólogo e autor do livro Dependência Digital,  recém-lançado em Macaé, Jefferson Cabral Azevedo, ouvido pelo Diário da Costa da Sol, alerta para que os pais fiquem atentos com o comportamento dos filhos e até mesmo monitorem o tempo que ficam em redes sociais e outras mídias digitais, como jogos on line. “É importante que os pais saibam quais perfis de redes sociais estão sendo visitados pelos filhos, controlar o tempo que os filhos acessam esses perfis, sites e, principalmente, jogos. Esse jogo da Baleia Azul mexe muito com a autoestima dos adolescentes. É muito sério”,  atentou.

O psicólogo explicou ainda adolescentes que apresentam quadro depressivo, transtornos bipolares, autoestima baixa e enfrentam dificuldades constantes de se socializarem, são alvos fáceis do jogo Baleia Azul. “É um jogo totalmente ilegal, que compromete a vida das pessoas. Este jogo não é o primeiro e não será o último. Existem outros criados, cujo objetivo é levar às pessoas a cometerem bulimia, até se tornarem anorexias. Até mesmo jogos que fazem as pessoas realizarem rituais. Em Petrópolis, há cinco anos, uma pessoa morreu fazendo isso e outras também faleceram praticando rituais até se tornarem anorexias. É muito importante ressaltar, mais uma vez, que os pais e até mesmo professores, nas escolas, tomem muito cuidado”.

Receio do Jogo da Baleia Azul está também nas ruas

As recentes mortes provocadas pelo jogo da Baleia da Azul está causando medo até mesmo em pessoas que não se conectam à internet, não acessam redes sociais e mídias digitais, como jogos. É o caso da dona de casa Maria Aparecida de Carvalho, de 38 anos. Mãe de um filho de sete anos, ela contou que ficou com medo quando viu reportagens sobre o Jogo da Baleia Azul e as mortes provocadas. “Eu não costumo me interagir com pessoas na internet, mas meu filho sim. Depois que eu soube das mortes por causa deste jogo, monitoro sim o que ele acessa porque realmente é assustador o que acontece com os jovens que jogam o Baleia Azul”.

A preocupação é nítida também ao professor de inglês Renato Soares da Silva, pai de um adolescente de 15 anos. “Outro dia, meu filho me perguntou sobre o jogo da Baleia Azul. Eu, prontamente, expliquei a ele o que acontece e o que aconteceu com os jovens que se mataram. Eu também costumo monitorar e acompanhar de perto o que ele acessa na internet, principalmente redes sociais, perfis de grupos de jogos. Mas ele também viu o que aconteceu e ficou muito assustado e, por isso, não acessa sites de jogos e essas mídias digitais criadas com este objetivo, de levar um jovem a tirar a própria vida”.

Outras dicas 

Fique atento à mudança de comportamento

Uma mudança brusca de comportamento pode ser sinal de que a criança ou o adolescente esteja sofrendo com algo que não saiba lidar.

Compartilhe projetos de vida

Para entender se a criança ou adolescente está com problemas é fundamental que os pais se interessem por sua rotina. Reforçar que este deve ser um desejo genuíno, e não momentâneo por conta da repercussão do “Jogo da Baleia”.

Abra espaço para diálogo

Filhos devem se sentir acolhidos no âmbito familiar, por isso, é preciso reforçar que é necessário que os pais revertam suas expectativas em relação a eles.

Adolescentes devem buscar aliados

O adolescente precisa buscar as pessoas em que confia para compartilhar seus anseios, seja no ambiente escolar ou familiar.

Crédito: Reprodução

 

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