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Homenagem do Vasco a vítimas de incêndio no Flamengo gera mal-estar interno no clube

O Vasco decidiu prestar uma homenagem às vítimas do incêndio no CT do Flamengo. Na partida contra o Resende, pela semifinal da Taça Guanabara, o Cruz-Maltino entrou em campo trazendo em sua camisa uma bandeira do maior rival com a frase: “Em frente, juntos”. A iniciativa foi vista como um grande gesto de solidariedade, ganhando as manchetes do país e também do mundo. Mas apesar da aprovação do grande público e também da torcida, internamente, a ação gerou questionamentos no clube.

Um dos mais insatisfeitos foi o presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Roberto Monteiro. Ele usou uma rede social para tecer duras críticas a atual diretoria do clube. “Alexandre Campello, na tentativa desesperada de atrair holofotes, conspurcou o que temos de mais sagrado: nossa camisa. Demagogia barata, que atenta contra as tradições vascaínas, fere o estatuto do clube e ajuda o grande responsável pela tragédia a assumir o papel de vítima”, afirmou Monteiro.

Contrariando Monteiro e outros conselheiros, a torcida do Vasco em sua grande maioria apoiou a homenagem. De uma forma geral, a ação foi encarada como um gesto de grandeza do clube. A frase mais utilizada para expressar o sentimento entre os torcedores foi “Rivais sim, inimigos nunca”.

A homenagem ganhou apoio de grandes personalidades esportivas do país, como Galvão Bueno, que comentou: “Nós estamos todos traumatizados com o que aconteceu, com 10 vidas que se perderam, um futuro que parou por ali. Mas, o arquirrival, o arqui-inimigo, o Vasco, jogar com a bandeirinha do Flamengo na camisa foi de arrepiar”, disse o narrador da Globo.

Maior ídolo da história do Vasco, Roberto Dinamite, também enalteceu a iniciativa do clube. Ele ainda comentou sobre a declaração de Monteiro. “Respeito a posição do Roberto Monteiro, mas a instituição está acima de todos e o gesto foi muito bonito”, afirmou Dinamite.

Foto: reprodução/internet

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