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Bacia de Campos está nas próximas rodadas de licitações promovidas pela ANP

Expectativa é de arrecadar até R$ 200 bilhões em setembro e outubro desse ano

A Bacia de Campos é a principal área sedimentar já explorada na costa brasileira. Ela se estende das imediações da cidade de Vitória (ES) até Arraial do Cabo, no litoral norte do Rio de Janeiro, em uma área de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados e possui a grande maioria do seu parque industrial sediado em Macaé

O primeiro campo com volume comercial descoberto na Bacia de Campos foi Garoupa, em 1974, a 124 metros de profundidade. No ano seguinte foi descoberto o campo de Namorado e, em 1976, o de Enchova. Era o começo de uma longa série. O caminho era o mar: em 13 de agosto de 1977, a Bacia de Campos deu início à sua produção comercial offshore em Enchova ocasionando um crescente desenvolvimento na região.

Ocorre que com a crise nacional e na Petrobras após os avanços da operação lava jato, os municípios que vivenciaram a pujança com a produção da bacia de campos sofreram um baque. Com a retomada do mercado de óleo e gás a partir do início de 2017 todas as expectativas de Macaé e região estão voltadas para a Feira Brasil Offshore que ocorrerá em junho no centro de convenções da cidade e para as novas rodadas de licitações da ANP que vão ocorrer a partir de setembro.

14ª Rodada da ANP

A 14ª rodada de licitações de campos de petróleo e gás natural da ANP, marca a volta de áreas da Bacia de Campos após a 13ª em 2015, sem nenhum lance. Serão ofertadas dez áreas em águas profundas, fora do polígono do pré-sal. São elas: CM35, CM37, CM65, CM67, CM210, CM277, CM344, CM346, CM411 e CM413.

Em resumo, o 14ª leilão da ANP irá contemplar 111 blocos offshore localizados nas Bacias de Santos, de Sergipe e Alagoas, Pelotas, Campos e Espírito Santo.

Com isso, a cidade de Macaé/RJ, principal centro petrolífero do País, abrigando as principais empresas do setor, poderá se beneficiar, pois além da Petrobras, sempre existe a possibilidade que outras operadoras arrematarem estas áreas, trazendo novo desenvolvimento para região.

Expectativa é de arrecadar R$ 200 bilhões nos próximos leilões

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse no último dia 3 que os leilões de petróleo que serão feitos neste ano deverão arrecadar cerca de R$ 8,5 bilhões apenas em bônus de assinatura. Os leilões de 2017 e 2018 somados devem atrair investimentos na ordem de R$ 200 bilhões nos próximos dez anos, segundo o ministro.

Ao participar da Offshore Technology Conference (OTC), um evento no Texas (EUA), o ministro confirmou que serão realizados dois leilões para exploração de petróleo no pré-sal no dia 27 de outubro. Ele também confirmou a 14ª rodada de licitação de concessões para o dia 27 de setembro. Além disso, ainda este mês está prevista a 4ª rodada de campos marginais de petróleo e gás.

No evento, Coelho Filho destacou a adoção de medidas para a melhoria do ambiente de negócios no setor, com segurança jurídica e estabilidade regulatória. Ele também citou a mudança da obrigatoriedade da participação da Petrobras como operadora única do pré-sal.

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