Especialista consultado pelo Diário da Costa do Sol ressalta que medida, caso fique rigorosa, pode diminuir a procura em Macaé
Daniela Bairros
Algumas regras para drones serão votadas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que poderá exigir habilitação para modelos, principalmente de grande porte. A regulamentação está em pauta e é esperada por fabricantes e usuários.
Para o especialista Igor Chagas, 29 anos, proprietário da Falcon Drone, de Macaé, a medida, caso se torne rigorosa ao ponto de exigir habilitação para as aeronaves remotamente pilotadas, pode causar baixa procura pelo equipamento na cidade. Mas, apesar disso, na opinião dele, é importante que todos tenham conhecimento específico para manusear um drone. “Tem que ser rigoroso sim. Possuir habilitação para manusear um drone é importante, porque acidentes sérios podem acontecer, como já aconteceram alguns comigo. É como dar um carro na mão de alguém, sem habilitação específica, mas acredito sim que a medida vai diminuir a procura aqui em Macaé”. Para Chagas, a regulamentação será positiva. “Muitos acham que é só comprar um drone e coloca-lo para voar. Mas não é assim. Tem que saber manusear”. Ainda segundo ele, a procura pelos drones na cidade estava alta e, caso a medida da Anac seja aprovada, a procura pelas aeronaves tende a diminuir, mas na contramão, a concorrência poderá aumentar.
Para Everaldo Esterque, de 51 anos, que atua com drone há dois anos e meio fazendo mapeamento do Rio São Pedro, desde a nascente até o encontro com o Rio Macaé, a exigência para manusear drones deve ir muito além de possuir habilitação. “Antes de adquirir a habilitação, é preciso muito preparo para operar a aeronave. Eu acho que mesmo com a exigência de um documento específico, muitos por ai sentirão no direito de ter a habilitação e colocar drones para voar, sem noção nenhuma. Há alguns meses, durante uma festa em uma praia de Macaé, havia um homem operando um drone, sobre a multidão, e muito baixo. Um perigoso, pois poderia ter provocado um grave acidente”. Esterque ressaltou também que, para ele, a obtenção da habilitação seria muito útil, porque não atua em eventos, principalmente com grande fluxo de pessoas.
A expectativa é que a norma permita uma grande expansão do mercado de aeronaves remotamente pilotadas em uso como pulverização de lavoura, segurança privada e pública e até mesmo serviço de entrega.
Uma das medidas previstas na regulamentação é a exigência de habilitação para quem for controlar aeronaves com mais de 25 quilos. A licença e habilitação do piloto devem ser exigidas quando drones com menos de 25 quilos forem voar acima de 400 pés, ou seja, cerca de 121 metros.
A proposta apresentada divide as aeronaves em três categorias: veículos com mais de 150 quilos, veículos entre 25 e 150 quilos e drones com peso abaixo de 25 quilos.
Para as aeronaves com mais de 250 gramas e até 25 quilos, deve ser exigido um cadastro no site da agência (www.anac.gov.br). Os drones com peso inferior a 250 gramas não devem ter qualquer exigência de cadastro.
Crédito: Reprodução
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