X

Promotores do MPRJ visitam ETA em Campos para averiguar qualidade da água

O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ) visitou, nessa quinta-feira, 1 de agosto, a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Coroa, em Campos dos Goytacazes, com objetivo de apurar o aparecimento de geosmina na água distribuída no município pela concessionária Águas do Paraíba.

A visita foi feita por meio do Grupo Temático Temporário para atuação em Saneamento Básico, Desastres Socioambientais e Mudanças do Clima (GTT-Ambiental/MPRJ), da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Campos dos Goytacazes, e da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Campos dos Goytacazes.

Na visita, os promotores apuraram as causas do aparecimento e da proliferação da substância geosmina na água que é captada no Rio Paraíba do Sul e distribuída pela concessionária, além de verificar a conduta adotada para resolver o problema.

Além dos promotores, Gisela Pequeno, Victor Miceli e Tiago Veras, do GTT-Ambiental/MPRJ; Fabiano Rangel, da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Campos; e Marcelo Carvalho Melo, da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Campos; participaram da visita a técnica pericial do Grupo de Apoio Técnico Especializado (GATE)), Patricia Finamore, e representantes do Instituto Estadual de Ambiente (Inea), da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), do Comitê de Bacia da Região Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, da comunidade acadêmica, e da sociedade civil.

Durante a ação, os promotores ouviram da Águas do Paraíba os procedimentos que vêm sendo adotados para combater e prevenir novas florações de alga nas águas do Rio Paraíba do Sul, bem além de garantir que a água distribuída à população receba o tratamento adequado, que assegure os padrões de potabilidade.

Segundo o MPRJ, a vistoria também teve como objetivo colher informações para eventual responsabilização do poluidor e acompanhar a política pública de tratamento e abastecimento de água no município.

Em nota em seu site, a Águas do Paraíba, que pertence ao Grupo Águas do Brasil, responsável também pela concessão dos serviços de abastecimento de água em outras cidades da região, como Rio das Ostras, explica que o caso se deve à seca prolongada, altas temperaturas e baixa vazão dos rios do Noroeste Fluminense.

“Águas do Paraíbas informa que o período de seca prolongada com grandes alterações na temperatura e a baixa vazão dos rios no Noroeste Fluminense, ocasionaram a proliferação de algas cianofíceas no Rio Paraíba do Sul, afetando a qualidade da água bruta em diversos municípios da região, inclusive, Campos dos Goytacazes. A concessionária esclarece que essas manifestações são temporárias e eventuais efeitos de gosto e/ou odor, que possam ser percebidos por parte da população na água tratada, não apresentam nenhum risco à saúde. Apesar da última análise laboratorial (recebida em 25 de julho) ter identificado a presença dessas algas na água bruta captada no rio, a água tratada está em conformidade com os parâmetros da Legislação, própria para consumo”, diz a nota, garantindo ainda que todas as medidas de controle e tratamento estão sendo tomadas para garantir a qualidade da água distribuída em Campos.

Leave a Comment