O destino do Hotel Acapulco, localizado no bairro Braga, em Cabo Frio, deve ser definido até o final deste mês. Nesta semana, agentes Comissão Especial de Fiscalização e Demolição, da Secretaria do Meio Ambiente, da Defesa Civil e da Guarda Municipal realizaram a terceira vistoria no espaço com o intuito de finalizar o relatório que será entregue ao Ministério Público Federal (MPF).
A última ação teve como foco analisar a estrutura do imóvel quanto ao risco de desabamento. Apesar de afastada essa hipótese, a presença de entulho foi considerada perigosa. “É uma obra muito bem feita, mas a depredação deixou muito material exposto, como vergalhões e pontas de tijolos, assim como o piso repleto de pedaços de alvenaria. Isso significa que há risco para a segurança”, afirmou o superintendente da Defesa Civil, Marcio Soren.
Abandonado desde 2015, o Hotel Acapulco passou por um longo processo de depredação e, hoje, é uma imensa ruína, com mais de 10 mil metros quadrados. Segundo o coordenador de Assuntos Fundiários, Ricardo Sampaio, o local oferece risco à vizinhança.
“A decisão apontada pelo MPF é pela demolição. Aguardamos apenas a próxima reunião com o procurador da república para tomar a decisão baseada na instrução de todo processo aberto. Será uma intervenção cara e demorada, mas, se for essa a decisão final, estamos prontos para cumpri-la”.
O valor da demolição é estimado em cerca de dois milhões de reais e, todo o processo levaria até três meses para ser executado. O valor da demolição, se ocorrer, será cobrado ao proprietário do imóvel.
“O ideal é que, após a demolição, trabalhemos para devolver ao local suas características originais, que são dunas e a vegetação nativa. Será um esforço enorme de toda a Prefeitura, mas temos todas as condições de realizá-lo”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira.
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