O uso inadequado de uma viatura da Polícia Civil será investigado pela Corregedoria. O veículo oficial da 126ª Delegacia de Polícia de Cabo Frio (126ª DP) teria sido utilizado para levar carne e churrasco para uma pousada em Búzios. O caso aconteceu em 25 de fevereiro, durante o Carnaval desse ano.
Segundo as investigações, uma foto da viatura com mulheres vestidas de biquíni chegou a ser publicada nas redes sociais. Após oitiva com testemunhas, os agentes concluíram que a imagem foi capturada no balneário e o motorista do carro é Guilherme Almeida Ferreri, chefe de investigação da 126ª DP.
Uma denúncia anônima acusou que o policial fez o transporte de carne e cerveja para um churrasco de Cabo Frio a Búzios. Um trajeto de cerca de 25km.
Guilherme disse, em depoimento, que foi até a cidade após receber informações sobre um traficante que estaria em Búzios e que uma das pessoas que estava com ele sugeriu esconder a viatura em uma pousada. Ainda conforme o policial, ele não imaginou que as mulheres tirariam fotos vestidas com trajes inadequados no veículo.
O chefe de investigação acusado confirmou que recebeu ajuda durante a ação de Alexandre Peçanha da Mata, que é chefe de fiscalização do Inea, o que levantou suspeitas do corregedor-geral da Civil, Paulo Passos. De acordo com ele, “esse chamamento do agente do Inea” foi estranho, por não se tratar de um crime ambiental”.
“O que nos chama atenção é que esse funcionário do Inea é identificado pelas três mulheres. Ele chega lá sozinho, então, não bate com as normas que nos são ensinadas na academia”, acrescenta Passos.
