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Prefeitura de Macaé lança Cartilha de Proteção Animal com teoria relacionada à violência contra a mulher

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A Prefeitura de Macaé lanço, nesta terça-feira, 4, a sua Cartilha de Proteção Animal, em evento realizado no auditório Cláudio Ulpiano, no Bloco A da Cidade Universitária, que contou com representantes educacionais e autoridades municipais.

Segundo o município, o documento tem o objetivo de informar sobre a importância dos animais domésticos e silvestres, principais cuidados como adoção responsável, alimentação, atividades, castração, cuidados médicos, esquema de vacinação, abandono, maus-tratos e relação com violência contra a mulher.

A ação é de responsabilidade da Subsecretaria de Proteção Animal, vinculada à Secretaria de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, com o apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Uma das novidades do lançamento da cartilha foi o debate da chamada teoria do elo, que fala sobre a conexão entre maus-tratos aos animais e outros tipos de violência, como a violência contra a mulher, argumentando que pessoas que maltratam animais são menos empáticas e mais propensas a atos violentos.

“É uma pauta desconhecida pela população e essa é uma oportunidade para levar esse conhecimento, porque informação é algo libertador. Que nós possamos ser uma rede de proteção ainda mais forte”, comentou a secretária de Políticas para as Mulheres, Jane Roriz.

Para a gestora, levar esse conhecimento de correlação entre atos violentos pode ajudar no enfrentamento a esses crimes e na luta pela vida, além de estimular a população a ser multiplicadora desse conhecimento.

“A teoria do elo afirma que os maus-tratos aos animais são sinais de alerta de um lar conturbado e, muitas vezes, também são o 1º sinal da violência doméstica, onde tanto os familiares quanto os animais da residência são vítimas das agressões. Estudos apontam que o animal é um importante suporte emocional para a vítima e pode ser usado pelo agressor como objeto de vingança e de controle da mulher, sendo ainda um motivo de maior exposição dela à situação de violência devido à preocupação com a vida do seu pet”, revelou a prefeitura.

Além da teoria do elo, a cartilha traz informações sobre legislação e as formas de levar denúncias de maus-tratos ao conhecimento dos órgãos públicos, buscando, junto a eles, a proteção aos animais, além de destacar a campanha #JuntosContraMausTratos.

Representando o prefeito de Macaé, Welberth Rezende (CIDADANIA), no lançamento, o secretário de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, Juninho Luna, relatou que o atual governo potencializou as políticas públicas para a mulher e a proteção animal.

“Nesse ato está consolidado esse trabalho. Animais domésticos e silvestres são cuidados diariamente sem hora pela nossa equipe e estamos incrementando a estrutura para que as demandas tenham cada vez mais a atenção necessária que a população precisa”, garantiu Juninho Luna.

Assim como Juninho Luna, durante o lançamento, o subsecretário de Proteção Animal, Luan Campos, também ressaltou o papel da atual gestão nos trabalhos dos últimos meses para a construção de políticas públicas para a causa animal.

“Em 209 anos de história da nossa cidade, temos uma grande oportunidade, através desta gestão de dialogar, pensar, construir e viabilizar projetos em prol da causa, numa pasta dedicada exclusivamente a promover a proteção e o bem-estar animal, fazendo de Macaé uma cidade ainda mais amiga dos animais”, afirmou Luan Campos.

Além de Jane Roriz, Juninho Luna, e Luan Campos, a mesa da solenidade contou com a presença do vereador Rafael Amorim (PDT), da subcomandante operacional da Guarda Ambiental, Raquel Giri, e do coordenador de fauna silvestre, Fernando Barreto, além de Jackson Menezes, que representou o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“A ciência é a melhor ferramenta que temos e está à disposição das secretarias, da Câmara, dos órgãos executivos, para auxiliar nesta grande e importante causa. A relação entre o animal e o homem é muito mais do que simplesmente preservação da espécie. Ela envolve todos os setores da sociedade”, explicou Jackson Menezes

Colaborando com a teoria do elo, o representante do NUPEM ampliou o tema, esclarecendo que o agressor se vale da vulnerabilidade de um animal doméstico ou silvestre para, em um 1º momento, expor o seu perfil agressivo e nocivo à sociedade.

“A violência escala para mulheres, idosos, crianças e portadores de necessidades especiais. Os órgãos de segurança que verificarem denúncia podem saber que, por trás de uma atitude de maus-tratos, existe uma cadeia envolvida, e precisamos estar atentos a isso”, analisou Jackson Menezes.

O documento divulga ainda algumas obrigações da adoção responsável, como garantir alimentação de qualidade, boa ingestão de água, local limpo, proteção do tempo, banhos regulares, vacinação, e visitas ao médico veterinário de forma recorrente.

“Na alimentação, é orientado que o animal tenha hora para comer, criando uma rotina. Entre os cuidados médicos, o material enumera que exames de sangue, vacinas, e ultrassonografias fazem parte dos cuidados que os donos devem ter. Alguns cuidados são mensais, como a vermifugação, combatendo os vermes mais comuns e também a Dirofilaria, que ataca o coração”, acrescenta a prefeitura.


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