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Câmara de Macaé aprova refeições gratuitas para idosos e deficientes físicos no Restaurante Popular da Aroeira

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Em votação de uma proposta de autoria do vereador Paulo Antunes (MDB), para ampliar os serviços do Restaurante Popular, atualmente localizado no bairro da Aroeira, a Câmara Municipal de Macaé debateu a funcionalidade das políticas chamadas populistas no município.

Para o vereador autor da proposta, apesar do ótimo serviço prestado em parceria pela Prefeitura de Macaé e pelas Lojas Maçônicas, o Restaurante Popular, que serve refeições com ótimo valor nutricional ao preço de apenas 1 real, deveria oferecer refeições gratuitas a idosos e deficientes físicos.

“A nossa intenção é essa, que o idoso chegue ao Restaurante Popular e não pague esse 1 real. Que o deficiente físico chegue ali no restaurante e não pague também esse 1 real. Eu espero e tenho certeza que será aprovado, e que seja rapidamente sancionado”, defendeu Paulo Antunes.

O vereador do MDB voltou também a pedir às Lojas Maçônicas, que administram o restaurante, e à própria prefeitura, que ampliem o atendimento para sábados, domingos e feriados, além de solicitar novas unidades em bairros como o Lagomar, o Parque Aeroporto, o Miramar e a Barra de Macaé.

Sobre a ampliação de unidades, o vereador Robson Oliveira (PSDB) lembrou que o orçamento de Macaé para 2020 prevê mais de 43 milhões de reais para a assistência social, enquanto que o orçamento de Nova Friburgo tem previsão de 6,5 milhões, com 4 restaurantes populares funcionando.

“Eu parabenizo, voto a favor do seu projeto, mas também faço um apelo para que a prefeitura possa abri outros, porque tirou aquele do Centro e ficou só com aquele da Aroeira, onde as pessoas chegam ali 10h da manhã e ficam esperando para almoçar. Então, além de poder dar essa isenção, ampliar também o número de restaurantes, haja vista o número de moradores de rua e de desempregados também”, recordou o parlamentar tucano.

Debaixo das asas da deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ), que recentemente assumiu a presidência estadual do partido no Rio, o vereador Cesinha (PROS) aproveitou para enaltecer as políticas sociais do ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (sem partido), pai de Clarissa e quem lançou o restaurante popular no Estado do Rio.

Outro em apoio ao projeto, o vereador Julinho do Aeroporto (MDB) preferiu lembrar o autor do projeto de lei do Restaurante Popular, o ex-vereador João Sérgio, que esteve na Câmara Municipal pela última vez entre 2009 e 2012, e que apesar do sucesso do projeto, acabou perdendo a chance de reeleição nas urnas.

Para o presidente da Casa, Dr. Eduardo Cardoso (CIDADANIA), porém, que quando políticas assistencialistas como as do Restaurante Popular têm sucesso, é porque alguma coisa não “vai bem” em outras políticas públicas.

“Um restaurante popular que talvez tenha aí uns 10 ou 12 anos, sempre lotado, alguma coisa não vai bem na sociedade. Tem alguma coisa, né. Eu lembro de um baião de Luís Gonzaga em que ele agradecia a Juscelino [Kubitschek] pela Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). Juscelino criou a Sudene. E tem um verso em que ele [Gonzaga] pedia aos deputados que não dessem esmola para o Nordeste. E ele diz o seguinte: a escola dada, ou mata de vergonha ou vicia o cidadão. Depois eu trago a letra. Agradecia a Juscelino por, ao criar a Sudene, dar chance do nordestino trabalhar. E eu não vejo muito final feliz nessas políticas absolutamente assistencialistas não. A turma agradece e tal, mas esquece, como diz Julinho. João Sérgio perdeu a eleição. E quem tem um emprego não esquece nunca. Porque o cara não quer nem morrer de vergonha nem ser humilhado. O cara quer trabalhar, pagar o imposto dele, a água, a luz, o telefone, e dar comida e escola aos filhos. Então, quando eu vejo muita festa com políticas assim, lembro de Garotinho, não pode ser candidato. Rosinha, não pode ser candidata. E tem outros. Até em Macaé mesmo. Então, eu fico muito preocupado com essas políticas absolutamente assistencialistas”, ponderou Dr. Eduardo, que apesar disso, chamou de louvável a iniciativa do autor.

Com a única ausência do vereador Dr. Luiz Fernando (sem partido), o Projeto de Lei 139, de 2019 (PL139/19) acabou aprovado com 14 votos, por unanimidade dos presentes, e agora será encaminhado para a apreciação do Executivo, que deverá vetar o sancionar a medida.

Atualmente, o Restaurante Popular Dra. Andréa Meirelles atende a população, das 10h45 às 13h30, servindo cerca de 1.900 refeições diárias ao preço de 1 real, graças a recursos de subvenção da prefeitura.

De acordo com o gerente do Restaurante Popular, Carlos Eduardo, entre os frequentadores do local estão famílias e moradores das comunidades vizinhas, como Malvinas, Botafogo, Morro de São Jorge, entre outros, além de aposentados, desempregados, outros idosos, e moradores em situação de rua e estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Nossa equipe conta com assistente social, nutricionista, cozinheiros, almoxarife e outros profissionais”, ressaltou Carlos Eduardo.


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