Campanha para o tratamento de Isabelli Fernandes Soraggi, de 4 anos, continua. Tratamento, avaliado em US$ 7 mil dólares (R$ 50 mil), precisa ser feito nos Estados Unidos
Daniela Bairros
Foi uma tarde para ficar na memória da família e amigos da pequena Isabelli Fernandes Soraggi, de quatro anos, portadora de paralisia cerebral e epilepsia devido a uma asfixia severa sofrida durante o parto. No último domingo (21), no bairro Granja dos Cavaleiros, um evento beneficente, que teve a participação da cantora macaense Kynnie Willians, que participou do The Voice Brasil, arrecadou recursos financeiros para ajudar no tratamento da garotinha. Isabelli precisa fazer o tratamento nos Estados Unidos. Segundo a mãe, Priscila Soraggi, o tratamento está avaliado em US$ 7 mil dólares (R$ 50 mil), incluindo hospedagens, alimentação, entre outras despesas. No evento de domingo, foram arrecadados R$ 8.300, ou seja, falta muito para que a família consiga o valor necessário. Por isso, a campanha em prol de Isabelli continua. Doações podem ser depositadas em contas bancárias (confira, abaixo, as contas disponíveis para ajuda).
Sobre o caso de Isabelli
Segundo a mãe de Isabelli, Priscila Soraggi, houve falta de oxigênio no cérebro da filha. Isabelli ficou internada 11 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas quando teve alta, os pais não sabiam que a filha teria sequelas. “Ela chorava muito durante o dia e à noite, de ficar roxa e sem ar. Não dormia e os médicos diziam que não era nada. Até que com quase dois meses trocamos de pediatra, que no primeiro contato observou que o choro não era normal e nos encaminhou para um neuropediatra. A médica observou que a Isabelli tinha uma hipersensibilidade ao toque, por isso chorava demais e ficava tão irritada”, explicou Priscila.
Foi iniciado então um tratamento com terapeuta ocupacional, usando esponjas e escovas no corpo da criança . “Fizemos vários exames como ressonância do crânio , que foi onde identificamos essa lesão no cérebro, eletroencefalograma, onde identificamos os focos de epilepsia e hoje ela faz uso de dois remédios controlados diariamente para as crises convulsivas. Fizemos até exames de vista e surdez , pois ela chorava tanto que não abria o olho, não focava nas coisas e nem interagia. Não sabíamos se ela ouvia ou enxergava, mas após começar a terapia ocupacional e tomar o remédio Gadernal, começou a se acalmar e interagir”.
Ainda segundo a mãe de Isabelli, logo em seguida, foi observado que ela não estava se desenvolvendo normalmente e foi iniciado tratamento com fisioterapia motora, fonoaudiologia, equoterapia e psicomotricidade. “Ela começou a fazer tudo antes dos dois meses e mesmo fazendo diariamente todas as terapias, hoje com quatro anos, ainda não fala, não anda, não senta sozinha , não consegue pegar os brinquedos. Ela entende tudo e chora por não conseguir brincar com seus brinquedos, correr com os amigos da escola. Ela adora escola e fazer as atividades. Tudo que queremos é que ela possa ter uma melhor qualidade de vida, o mais perto do normal possível”, salientou Priscila.
Sobre o futuro da filha, Priscila afirma que os médicos dizem que não podem saber se ela vai andar, sentar ou falar ou que irá fazer. “Só dizem que a vida dela tem que ser de estímulos o tempo todo. Como não existe cirurgia, nós corremos atrás dos melhores tratamentos”.
O tratamento
O tratamento de Isabeli, segundo Priscila, precisa ser feito nos Estados Unidos e está orçado em US$ 7 mil. (R$ 50 mil), incluindo hospedagem, passagens e alimentação. A mãe de Isabelli explicou ainda que o tratamento da filha é chamado Therasuit, que foi criado na cidade de Michigan por dois fisioterapeutas, país de uma menina com paralisia cerebral que depois de tentar muitos tratamentos para a filha sem resultados, criaram esse método Therasuit, baseado em como os astronautas voltam do espaço e como a falta de gravidade faz o corpo perder o tônus muscular. Para o tratamento, é necessário até o uso de uma roupa especial , que faz com que ela tenha uma compressão na musculatura, dando mais estabilidade e emitindo informações ao cérebro de como seu corpo deve ficar ,se ajustando a necessidade de cada paciente. “É uma fisioterapia intensiva, uma espécie de musculação, pois trabalha braços, pernas, abdominais usando pesos, ajudando a fortalecer a musculatura, ganhar equilíbrio, entre outros. O nosso objetivo é que consiga endurecer o tronco para que ela possa se sentar sozinha e melhorar o controle dos braços e mãos para conseguir pegar as coisas. A fisioterapeuta que a atende aqui irá também para os Estados Unidos para aprender e continuar tratando minha filha aqui depois”. Priscila ressalta também que o tratamento precisa ser iniciado no final de setembro, quando vão ficar um mês na cidade de Pontiac, Michigan.
Contas para doação
Bradesco
Agência – 154
Poupança – 68444-9
Itaú
Agência – 6242
Poupança – 07669-0
Crédito: Divulgação