O Teatro Firjan SESI de Macaé apresenta, nessa sexta-feira, 17, o festival itinerante Terra do Rap, que começou no último fim de semana, na Pavuna, no Rio de Janeiro, e passará por outros 4 teatros Firjan SESI até o próximo dia 20 de novembro.
Iniciativa do rapper Vinícius Terra, o festival reúne apresentações artísticas que visam descolonizar a língua e valorizar as produções feitas por artistas periféricos pautados na cultura hip-hop no Estado do Rio.
“Com 10 anos de existência, a Terra do Rap é o 1º festival decolonial de ‘fomento’ a novos artistas periféricos do Brasil, a partir do intercâmbio com os mais diversos territórios internacionais de língua portuguesa, promovendo assim processos de formação e capacitação a partir da “Metodologia Rap Lusófono”, desenvolvida e realizada anualmente desde a sua 1ª edição em 2013, e apresentações artísticas com os objetivos de descolonizar a língua e valorizar as matrizes que constituem o povo brasileiro, transformando assim nosso país em nação anfitriã e protagonista no debate sobre os processos de mudanças da língua portuguesa, pautada na cultura urbana e no hip-hop, produzidas por artistas periféricos de países e territórios lusófonos”, explica a produção.
Além de ter revelado artistas Bk, A Bronca, Don-L, Kaê Guajajara e Luccas Carlos, entre outros, o Terra do Rap já recebeu artistas de outros países que têm o português como língua oficial, entre eles, Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
Para o evento dessa sexta, que tem início às 20h, e ingressos vendidos a 10 reais (inteira) e 5 reais (meia), o Terra do Rap traz como atrações o rapper português Maze, presente em edições no Rio (2016) e Lisboa (2018), a “Madrinha do Hip-Hop”, Juju Rude, o produtor musical Suntizil, e a angolana Cold Jas.
“Realizar o festival é devolver um pouco daquilo que já fizemos ao longo desta última década em circuitos centrais em cidades como Lisboa, São Paulo ou mesmo no Rio. É entender que a periferia é o centro! É onde surgem as tendências que nutrem a cultura e o mercado da arte constantemente”, acredita Vinícius Terra.
