O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), sancionou, nessa semana, uma lei de autoria do deputado estadual Márcio Canella (UNIÃO) que estabelece o gênero musical da Bossa Nova como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio.
Aprovada pelos deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), a legislação sancionada pelo governador foi publicada no Diário Oficial do Estado do Rio (DOE-RJ) nessa quinta-feira, 24.
Nascida na Zona Sul do Rio de Janeiro no final da década de 1950, a Bossa Nova se caracterizou pela forte influência do samba e do jazz dos Estados Unidos (EUA), dando lugar, na década seguinte, ao conceito de Música Popular Brasileira (MPB), que misturava a Bossa Nova com ritmos regionais e folclóricos brasileiros.
Criada por um grupo de amigos, músicos, boêmios e moradores da Zona Sul do Rio, que se reuniam na casa da cantora Nara Leão, a Bossa Nova tem sua “estreia oficial” com o lançamento, em agosto de 1958, da canção Chega de Saudade, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, e que é considerada o hino bossanovista.
Além dos 2, a Bossa Nova consagrou uma série de artistas que ficaram conhecidos mundialmente, como Johnny Alf, João Gilberto, João Donato, Baden Powell, Ronaldo Bôscoli, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes, Elis Regina e Maria Creuza, entre outros.
Uma das músicas mais famosas do movimento, Garota de Ipanema, lançada em 1962 e também fruto da parceria entre Tom e Vinícius, passou a ser, desde 2022, a canção brasileira mais gravada no mundo, segundo dados do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), responsável pela gestão de direitos autorais de músicas no país.
“Diante desse reconhecimento internacional, o ritmo da Bossa Nova, nascido no berço carioca, é um patrimônio cultural do povo fluminense e assim deve ser considerado de forma oficial”, afirmou o deputado estadual Márcio Canella.
