Em sessão da Câmara de Macaé nessa terça-feira, 27, a secretária adjunta de Atenção Básica, Natália Antunes, alertou sobre o alto número de pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município, que chega a 33,5% a mais que a população da cidade.
Segundo a gestora, o número chega a 400 mil pessoas enquanto que a população da cidade estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2021 estaria em pouco mais de 266 mil habitantes.
As informações foram divulgadas durante explanação da Secretaria de Saúde no Grande Expediente da sessão dessa terça-feira, justificando o alto número de atendimentos SUS na rede pública municipal para moradores de cidades vizinhas.
“Não conseguiremos atender tanta gente”, afirmou Natália Antunes, que revelou que 54 novos cartões do SUS são cadastrados por dia só em Macaé.
Além da secretária adjunta de Atenção Básica, participaram da explanação no Legislativo o secretário de Saúde, Alexandre Cruz (CIDADANIA), e a secretária adjunta de Alta e Média Complexidade, Mayara Rezende.
Na voz de seu gestor, a Secretaria de Saúde comemorou o fato de voltar a integrar o Conselho de Secretários Municipais de Saúde depois de 15 anos, e revelou que vem trabalhando para tentar reduzir a demanda de moradores de cidades vizinhas na rede pública municipal.
“Estamos orientando os municípios da região sobre como não demandar tanto de nós”, disse Alexandre Cruz.
O secretário contou ainda que a pasta adquiriu novos equipamentos, alguns já em funcionamento e outros a serem implantados, como o polo de oncologia, o centro de atendimento a hipertensos e diabéticos, e a unidade de nutrição e alimentação especial, entre outras.
“Queremos fazer do Hospital [Público Municipal] da Serra (HPMS) uma referência no tratamento da obesidade”, afirmou Alexandre Cruz.
Ainda sobre as ações da pasta para a região serrana, já que o HPMS fica localizado em Trapiche, a secretária adjunta Mayara Rezende lembrou o trabalho realizado para melhorar o atendimento de emergência, evitando que pacientes graves tenham que esperar nos corredores das unidades, ressaltando a digitalização e a atualização dos prontuários, e o mutirão de cirurgias na serra.
“Zeramos a fila de espera para os casos de vesícula e já planejamos outro [mutirão]”, adiantou Mayara Rezende.
